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Biden: "É hora de mais ricos e empresas pagarem sua parte"

Democrata indicou que não está tentando "punir ninguém", mas fazer o que é "justo"

Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden (Al Drago-Pool/Getty Images)

Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden (Al Drago-Pool/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 29 de abril de 2021 às 21h26.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou nesta quinta-feira, 29, que "é hora de os mais ricos e as grandes companhias pagarem a sua parte", em discurso na Geórgia em virtude dos 100 primeiros dias de sua administração. O democrata indicou que não está tentando "punir ninguém", mas fazer o que é "justo". Biden voltou a afirmar que ninguém com rendimento anual menor que US$ 400 mil terá aumento de impostos.

O presidente indicou algumas razões pelas quais o chamado 1% mais rico deveria pagar por melhoras para a sociedade, como um estudo apresentando segundo o qual 55 das maiores empresas dos EUA não teriam pago impostos federais em 2020, divulgado recentemente. O aumento na tributação tem como objetivo financiar programas de seu governo. "Todo dólar arrecadado em impostos será revertido em criação de empregos nos EUA", afirmou Biden.

Ao comentar seu plano de investimentos em obras, o democrata indicou que, no século 21, a infraestrutura "não é apenas concreto, mas investimento em pessoas". A questão é alvo de disputas com congressistas republicanos, que esperam uma proposta mais focada em construções tradicionais como pontes e estradas, enquanto Biden, como voltou a sugerir hoje, tem uma visão mais abrangente, incluindo expansão de internet banda larga e acesso à água potável no país.

Com relação à questão climática, Biden afirmou que é possível combater as alterações do clima ao mesmo tempo em que se cria empregos bem remunerados. Além disso, disse ter convidado "os maiores poluidores do mundo para um Cúpula, e eles vieram", em referência à sua reunião sobre o clima na última semana.

Sobre o Plano das Famílias Americanas, que prevê investimentos ao longo de 10 anos em educação, saúde e cuidados infantis, detalhado ontem no Congresso, Biden indicou que incluiu uma meta de educação universal para crianças entre 3 e 4 anos, o financiamento de pré-faculdades comunitárias e de universidades negras.

Com relação aos 100 primeiros dias, apontou que a promessa inicial era a entrega de 100 milhões de vacinas, mas que quase 220 milhões de doses foram aplicadas. "Criamos 1,3 milhão de trabalhos nos primeiros 100 dias, mais que qualquer presidente na História" para o período, afirmou. Na Geórgia, Biden agradeceu por diversas vezes aos eleitores do Estado, lembrando que sem eles "nada disso seria possível", em virtude dos eleitos para o Senado pela região que proporcionaram o comando democrata da Casa. "Eleições importam, mudaram os EUA", afirmou.

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