Mundo

Biden chama Putin de criminoso de guerra; para Rússia, fala é inaceitável

Essa é a primeira vez que Biden classifica publicamente Putin com essa frase

Guerra na Ucrânia: Na semana passada, durante uma viagem à Polônia, a vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, afirmou que a Rússia deveria ser investigada por possíveis crimes de guerra (Bloomberg / Colaborador/Getty Images)

Guerra na Ucrânia: Na semana passada, durante uma viagem à Polônia, a vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, afirmou que a Rússia deveria ser investigada por possíveis crimes de guerra (Bloomberg / Colaborador/Getty Images)

R

Reuters

Publicado em 17 de março de 2022 às 07h11.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse nesta quarta-feira que o presidente russo, Vladimir Putin, é "um criminoso de guerra" pela invasão de seu país à Ucrânia, e anunciou mais 800 milhões de dólares em assistência à segurança ucraniana, incluindo armas para abater aviões e tanques russos.

Em conversa com um repórter na Casa Branca, Biden disse: "Ah, eu acho que ele é um criminoso de guerra", depois de responder inicialmente com um "não" a uma pergunta sobre se ele estava pronto para chamar Putin assim.

Essa é a primeira vez que Biden classifica publicamente Putin com essa frase. Na semana passada, durante uma viagem à Polônia, a vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, afirmou que a Rússia deveria ser investigada por possíveis crimes de guerra.

A secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, disse mais tarde que Biden estava falando do seu coração, observando que há um processo legal separado para determinar se Putin violou a lei internacional e cometeu crimes de guerra, e que esse processo está em andamento no Departamento de Estado.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que a fala de Biden é uma "retórica inaceitável e imperdoável", de acordo com a agência de notícias Tass.

Mais cedo, Biden disse que os Estados Unidos ofereceram à Ucrânia um total de 1 bilhão de dólares em ajuda de segurança, atendendo ao apelo urgente do presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, ao Congresso dos EUA por ajuda militar para combater a invasão russa. Os EUA continuarão a fornecer armas à Ucrânia para lutar e se defender, ajuda humanitária e apoio à economia da Ucrânia com assistência financeira adicional, acrescentou.

"Este novo pacote fornecerá assistência sem precedentes à Ucrânia e inclui 800 sistemas antiaéreos", disse Biden, para interromper os ataques aos ucranianos por aviões e helicópteros russos.

A pedido de Zelenskiy, Washington ajudará a Ucrânia a adquirir sistemas antiaéreos de mísseis de longo alcance adicionais, disse Biden. Também fornecerá 9.000 sistemas antiblindagem, drones e 7.000 armas menores, como metralhadoras e lançadores de granadas, que ajudarão os civis que lutam para defender seu país.

Acompanhe tudo sobre:Estados Unidos (EUA)Joe BidenRússiaUcrâniaVladimir Putin

Mais de Mundo

Putin pede desculpas por queda de avião da Azerbaijan Airlines

Crise política afeta economia da Coreia do Sul

Geórgia se prepara para a posse de um presidente com posições ultraconservadoras e antiocidentais

Ataques israelenses matam ao menos 48 pessoas na Faixa de Gaza nas últimas 24h