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Biden anuncia US$ 1,3 bilhão em nova ajuda militar e econômica à Ucrânia

Biden descreveu a ajuda como os mais recentes passos do governo americano para apoiar o povo da Ucrânia e responsabilizar o presidente russo, Vladimir Putin, por sua "guerra brutal e sangrenta"

Biden: A decisão de proibir navios afiliados à Rússia em portos americanos já foi tomada também por Canadá e países europeus (MICHAEL REYNOLDS/POOL/AFP/Getty Images)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 21 de abril de 2022 às 16h25.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden,anunciou nesta quinta-feira, 21, a proibição de navios afiliados à Rússia nos portos americanos e disse que enviará US$ 800 milhões a mais em recursos militares para ajudar as forças ucranianas - um pacote que inclui artilharia pesada e drones táticos.

Biden descreveu a ajuda como os mais recentes passos do governo americano para apoiar o povo da Ucrânia e responsabilizar o presidente russo, Vladimir Putin, por sua "guerra brutal e sangrenta".

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Biden também anunciou que os EUA fornecerão US$ 500 milhões adicionais em assistência econômica direta ao governo ucraniano, elevando o apoio econômico total americano à Ucrânia para US$ 1 bilhão desde que a invasão da Rússia começou, há cerca de dois meses. A ajuda é separada da assistência militar que os EUA vêm fornecendo aos ucranianos que, com o anúncio de hoje, já passa de US$ 3 bilhões.

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O último anúncio ocorre em meio ao que Biden chamou de "janela crítica", enquanto a Rússia se prepara para a próxima fase da guerra. Na importante cidade portuária de Mariupol, Putin disse ter ordenado que suas forças não atacassem a fábrica onde as tropas pró-Kiev estão estacionadas e onde os civis buscaram abrigo.

Ainda assim, ele disse às tropas para bloquear a usina para que "nem mesmo uma mosca pudesse passar". O presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, disse que a situação lá é "difícil" e que a Rússia capturou "a maior parte de Mariupol há muito tempo", exceto a parte da cidade onde suas tropas permanecem.

Autoridades do governo Biden continuaram as discussões sobre a intensificação das sanções contra a Rússia no início deste mês, depois que evidências mostraram que civis foram executados em Bucha, um subúrbio de Kiev, capital ucraniana.

A decisão de proibir navios afiliados à Rússia em portos americanos já foi tomada também por Canadá e países europeus. A Casa Branca divulgará mais detalhes sobre a decisão. Fontes do governo americano dizem que, em 2021, os navios russos fizeram cerca de 1,8 mil visitas ao país, uma pequena porcentagem do tráfego total.

A medida exigiu uma extensa revisão da administração Biden para garantir que a proibição não afetaria seriamente as cadeias de suprimentos dos EUA.

Os EUA anteriormente barraram aviões russos de seu espaço aéreo, juntando-se ao Canadá e às nações europeias na ação, e proibiram as importações de petróleo russo, que representavam grande parte do tráfego de navios russos anteriores para o território americano.

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Enquanto explora maneiras de combater a Rússia de forma mais agressiva, a Casa Branca argumenta regularmente que a invasão de Putin na Ucrânia teve muito menos sucesso do que ele esperava originalmente. Apesar disso, Biden disse que é importante que os EUA continuem a tomar posições mais duras contra o governo russo enquanto a guerra continua.

"Ele (Putin) está apostando que a unidade ocidental vai quebrar" acrescentou Biden. "Ele ainda está apostando. E mais uma vez, vamos provar que ele está errado."

Biden disse que a ajuda econômica separada da militar tem o objetivo de ajudar a estabilizar a economia ucraniana, apoiar comunidades devastadas pelos ataques russos e pagar os trabalhadores que continuam fornecendo serviços essenciais na Ucrânia.

Biden, que visitou a Polônia no mês passado para se encontrar com ucranianos que fugiram da guerra, observou que cerca de dois terços de todas as crianças ucranianas foram deslocadas e que mais de 5 milhões de ucranianos deixaram seu país desde o início da guerra.

"Nas últimas semanas, houve um terrível custo humano da ambição de (presidente russo Vladimir) Putin por conquista e controle", disse ele. "É uma indignação absoluta."

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