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Bernanke pede ao Congresso que apresse plano fiscal

Bernanke renovou seu pedido para que políticos apresentem logo um plano para conter o crescente endividamento público do país

Segundo Bernanke, déficit deverá recuar durante os próximos anos, à medida que a economia continuar a crescer (Mark Wallheiser/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de junho de 2011 às 16h23.

São Paulo - O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Ben Bernanke, alertou que o fracasso em elevar o limite da dívida pública norte-americana poderá causar "distúrbios severos nos mercados financeiros", incluindo rebaixamento de ratings (classificação de risco) da dívida do governo e danos ao papel especial que o dólar e os títulos do Tesouro (Treasuries) desempenham atualmente nos mercados globais.

Em comentários feitos durante uma conferência organizada pelo Comitê por um Orçamento Responsável, em Washington, Bernanke renovou seu pedido para que políticos apresentem logo um plano para conter o crescente endividamento público do país, mas alertou mais uma vez sobre os perigos de usar o teto da dívida como moeda de troca nas negociações.

As conversações para a redução do déficit, conduzidas pelo vice-presidente do país, Joe Biden, estão enfrentando seu maior teste hoje, tendo em vista que o grupo chefiado por ele iniciou três dias de discussões politicamente sensíveis. Os republicanos continuam a exigir cortes de gastos como condição para que o Congresso eleve o limite da dívida, que é atualmente de US$ 14,3 trilhões, o que, segundo o Tesouro, deve acontecer até o início de agosto.

Em cerca de 9% do Produto Interno Bruto (PIB), o déficit orçamentário dos EUA aumentou acentuadamente desde o início da recessão no final de 2007, declarou Bernanke na conferência intitulada "O Teto da Dívida, Plano Fiscal e Temores do Mercado: Para onde vamos daqui?".

Segundo ele, o déficit deverá recuar durante os próximos anos, à medida que a economia continuar a crescer, mas os EUA ainda enfrentarão um grande endividamento quando as condições voltarem ao normal.

"A história deixa claro que o fracasso em colocar nossa casa fiscal em ordem causará uma erosão na vitalidade de nossa economia, reduzirá o padrão de vida nos EUA e aumentará o risco de instabilidade econômica e financeira", disse Bernanke, hoje, durante a conferência.

Mesmo destacando que não é uma tarefa fácil, o presidente do Fed exortou o Congresso e a Casa Branca a desenvolverem e implementarem rapidamente um plano confiável para atingir a sustentabilidade fiscal de longo prazo. Ele disse esperar que um acordo possa ser atingido no curto prazo, sem recorrer-se a "ações que possam lançar dúvidas sobre a qualidade de crédito dos EUA".

As três agências de ratings (classificação de risco) mais influentes ameaçaram rebaixar a classificação AAA do governo dos EUA se os políticos não chegarem a um plano para melhorar as finanças públicas do país.

Na semana passada, a Fitch Ratings disse que colocará a dívida norte-americana em revisão para possível rebaixamento no início de agosto se o Congresso não elevar o limite de crédito do país. O alerta se segue a avisos semelhantes da Moody's e da Standard & Poor's.

O Tesouro disse que o Congresso precisa aumentar o limite da dívida até 2 de agosto, o dia em que se esgotam as medidas extraordinárias para financiamento do governo. As informações são da Dow Jones.

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São Paulo - O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Ben Bernanke, alertou que o fracasso em elevar o limite da dívida pública norte-americana poderá causar "distúrbios severos nos mercados financeiros", incluindo rebaixamento de ratings (classificação de risco) da dívida do governo e danos ao papel especial que o dólar e os títulos do Tesouro (Treasuries) desempenham atualmente nos mercados globais.

Em comentários feitos durante uma conferência organizada pelo Comitê por um Orçamento Responsável, em Washington, Bernanke renovou seu pedido para que políticos apresentem logo um plano para conter o crescente endividamento público do país, mas alertou mais uma vez sobre os perigos de usar o teto da dívida como moeda de troca nas negociações.

As conversações para a redução do déficit, conduzidas pelo vice-presidente do país, Joe Biden, estão enfrentando seu maior teste hoje, tendo em vista que o grupo chefiado por ele iniciou três dias de discussões politicamente sensíveis. Os republicanos continuam a exigir cortes de gastos como condição para que o Congresso eleve o limite da dívida, que é atualmente de US$ 14,3 trilhões, o que, segundo o Tesouro, deve acontecer até o início de agosto.

Em cerca de 9% do Produto Interno Bruto (PIB), o déficit orçamentário dos EUA aumentou acentuadamente desde o início da recessão no final de 2007, declarou Bernanke na conferência intitulada "O Teto da Dívida, Plano Fiscal e Temores do Mercado: Para onde vamos daqui?".

Segundo ele, o déficit deverá recuar durante os próximos anos, à medida que a economia continuar a crescer, mas os EUA ainda enfrentarão um grande endividamento quando as condições voltarem ao normal.

"A história deixa claro que o fracasso em colocar nossa casa fiscal em ordem causará uma erosão na vitalidade de nossa economia, reduzirá o padrão de vida nos EUA e aumentará o risco de instabilidade econômica e financeira", disse Bernanke, hoje, durante a conferência.

Mesmo destacando que não é uma tarefa fácil, o presidente do Fed exortou o Congresso e a Casa Branca a desenvolverem e implementarem rapidamente um plano confiável para atingir a sustentabilidade fiscal de longo prazo. Ele disse esperar que um acordo possa ser atingido no curto prazo, sem recorrer-se a "ações que possam lançar dúvidas sobre a qualidade de crédito dos EUA".

As três agências de ratings (classificação de risco) mais influentes ameaçaram rebaixar a classificação AAA do governo dos EUA se os políticos não chegarem a um plano para melhorar as finanças públicas do país.

Na semana passada, a Fitch Ratings disse que colocará a dívida norte-americana em revisão para possível rebaixamento no início de agosto se o Congresso não elevar o limite de crédito do país. O alerta se segue a avisos semelhantes da Moody's e da Standard & Poor's.

O Tesouro disse que o Congresso precisa aumentar o limite da dívida até 2 de agosto, o dia em que se esgotam as medidas extraordinárias para financiamento do governo. As informações são da Dow Jones.

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