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Berlusconi tenta evitar ao máximo sua expulsão do Senado

O ex-premiê indicou que tinha em sua posse doze testemunhos, entre eles mais da metade "completamente novos"

Berlusconi: ex-premie foi condenado em última instância em 1º de agosto a quatro anos de prisão neste julgamento por evasão fiscal, conhecido como o "julgamento Mediaset" (Alessandro Bianchi/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 25 de novembro de 2013 às 16h25.

Roma - O ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi, que na quarta-feira enfrenta um voto sobre a sua exclusão do Senado, declarou nesta segunda-feira em Roma que pedirá a revisão de seu julgamento por evasão fiscal.

"Nós temos a nossa disposição documentos que nos permitem requerer a revisão perante o Tribunal de Apelação de Brescia" (norte), anunciou durante uma coletiva de imprensa.

"Peço que votem com consciência, não tanto por mim, mas em respeito à democracia", afirmou Berlusconi, com a voz cansada e um tom menos agressivo, falando diretamente a seus adversários políticos do Partido Democrático (esquerda) e do Movimento Cinco Estrelas, em coletiva de imprensa.

Berlusconi foi condenado em última instância em 1º de agosto a quatro anos de prisão - três já perdoados - neste julgamento por evasão fiscal, conhecido como o "julgamento Mediaset", o nome do seu grupo de mídia.

O ex-premiê indicou que tinha em sua posse doze testemunhos, entre eles mais da metade "completamente novos".

O ex-chefe de Governo continuou seu discurso à imprensa, listando, uma a uma, as novas provas.

Uma lei aprovada em 2012 para limpar a política italiana prevê a expulsão por seis anos e a inelegibilidade do parlamentar condenado à prisão após votação do Conselho a qual o acusado pertence.

Advogados e simpatizantes do Cavaliere, de 77 anos, fizeram de tudo para atrasar a votação, mas, a não ser por uma surpresa, o voto deve ocorrer quarta-feira.


A esquerda e o Movimento 5 Estrelas do ex-comediante Beppe Grillo -ou, pelo menos, 165 dos 321 senadores- devem votar a favor de sua expulsão.

Berlusconi, que alega inocência, chamou de "golpe de Estado" o seu processo, dizendo que "o Senado vai votar para livrar-se do líder da centro-direita, depois de tentar, em vão, vencê-lo por 20 anos".

"Sou inocente. Para mim, se trata de um golpe de Estado promovid pela esquerda, não tenho outras palavras para definir isso", declarou.

O magnata de 77 anos tenta dar a volta por cima em um dos momentos mais difíceis de seus 20 anos de carreira política, marcada por sua enorme popularidade e escândalos sexuais e judiciários.

A votação, que será pública e não secreta como pedia Berlusconi, provavelmente será favorável a sua expulsão, já que o PD e o Movimento Cinco Estrelas - 165 senadores em um total de 321 - manifestaram que votarão a favor da saída definitida do Cavaliere do parlameto.

Berlusconi, muito irritado porque o presidente da República, Giorgio Napolitano, não concedeu perdão a ele, apesar de não querer pedir isso oficialmente, está enfraquecido tanto física quanto politicamente.

"Para mim, ele vai renunciar à cadeira antes de humilhar-se ante a uma expulsão", comentou o democrata-cristão Lorenzo Cesa.

"Um voto dramático, um fato histórico", resumiu, por sua vez, o jornal Il Corriere della Sera.

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Roma - O ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi, que na quarta-feira enfrenta um voto sobre a sua exclusão do Senado, declarou nesta segunda-feira em Roma que pedirá a revisão de seu julgamento por evasão fiscal.

"Nós temos a nossa disposição documentos que nos permitem requerer a revisão perante o Tribunal de Apelação de Brescia" (norte), anunciou durante uma coletiva de imprensa.

"Peço que votem com consciência, não tanto por mim, mas em respeito à democracia", afirmou Berlusconi, com a voz cansada e um tom menos agressivo, falando diretamente a seus adversários políticos do Partido Democrático (esquerda) e do Movimento Cinco Estrelas, em coletiva de imprensa.

Berlusconi foi condenado em última instância em 1º de agosto a quatro anos de prisão - três já perdoados - neste julgamento por evasão fiscal, conhecido como o "julgamento Mediaset", o nome do seu grupo de mídia.

O ex-premiê indicou que tinha em sua posse doze testemunhos, entre eles mais da metade "completamente novos".

O ex-chefe de Governo continuou seu discurso à imprensa, listando, uma a uma, as novas provas.

Uma lei aprovada em 2012 para limpar a política italiana prevê a expulsão por seis anos e a inelegibilidade do parlamentar condenado à prisão após votação do Conselho a qual o acusado pertence.

Advogados e simpatizantes do Cavaliere, de 77 anos, fizeram de tudo para atrasar a votação, mas, a não ser por uma surpresa, o voto deve ocorrer quarta-feira.


A esquerda e o Movimento 5 Estrelas do ex-comediante Beppe Grillo -ou, pelo menos, 165 dos 321 senadores- devem votar a favor de sua expulsão.

Berlusconi, que alega inocência, chamou de "golpe de Estado" o seu processo, dizendo que "o Senado vai votar para livrar-se do líder da centro-direita, depois de tentar, em vão, vencê-lo por 20 anos".

"Sou inocente. Para mim, se trata de um golpe de Estado promovid pela esquerda, não tenho outras palavras para definir isso", declarou.

O magnata de 77 anos tenta dar a volta por cima em um dos momentos mais difíceis de seus 20 anos de carreira política, marcada por sua enorme popularidade e escândalos sexuais e judiciários.

A votação, que será pública e não secreta como pedia Berlusconi, provavelmente será favorável a sua expulsão, já que o PD e o Movimento Cinco Estrelas - 165 senadores em um total de 321 - manifestaram que votarão a favor da saída definitida do Cavaliere do parlameto.

Berlusconi, muito irritado porque o presidente da República, Giorgio Napolitano, não concedeu perdão a ele, apesar de não querer pedir isso oficialmente, está enfraquecido tanto física quanto politicamente.

"Para mim, ele vai renunciar à cadeira antes de humilhar-se ante a uma expulsão", comentou o democrata-cristão Lorenzo Cesa.

"Um voto dramático, um fato histórico", resumiu, por sua vez, o jornal Il Corriere della Sera.

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