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Berlusconi garante que não há crise em seu partido

Político e empresário disse que existe diferença de opiniões em sua formação, refletida nas posturas diante da questão de confiança ao executivo de Enrico Letta


	Silvio Berlusconi: ex-primeiro-ministro anunciou que não irá amanhã à audiência pública na comissão do Senado encarregada de analisar a possível retirada de sua cadeira
 (REUTERS/Alessandro Garofalo)

Silvio Berlusconi: ex-primeiro-ministro anunciou que não irá amanhã à audiência pública na comissão do Senado encarregada de analisar a possível retirada de sua cadeira (REUTERS/Alessandro Garofalo)

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Da Redação

Publicado em 3 de outubro de 2013 às 15h28.

Roma - O ex-primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi garantiu nesta quinta-feira que em seu partido, o conservador Povo da Liberdade (PDL), só existe um "debate interno" e não a divisão que alguns analistas e meios de comunicação apontam após a recente crise de governo superada na Itália.

Em declarações aos jornalistas na saída do Senado em Roma, o político e empresário disse que "por sorte" existe esta diferença de opiniões no seio de sua formação, refletida nas distintas posturas diante da questão de confiança ao executivo de Enrico Letta, apoiado pelo PDL depois que venceu a ala mais moderada do partido de Berlusconi.

"Não há nada desta coisa que vejo nas agências e jornais. Acho que são só observações interessadas. Eu vejo um partido unido com algum debate interno. E felizmente há um debate interno, porque antes nos diziam que o PDL era de brinquedo, porque só opinava Berlusconi", disse o ex-primeiro-ministro, em declarações retransmitidas ao vivo pela televisão.

"Nunca me agradaram pessoas que estão sempre de acordo com os chefes de sua equipe, porque não são os melhores colaboradores. Os melhores colaboradores são que têm capacidade dialética com seus superiores", acrescentou.

Berlusconi, cujo "afilhado político", Angelino Alfano, conseguiu impor seu apoio a Letta contra a opinião do líder, justificou seu voto a favor do governo na questão de confiança baseado nas garantias dadas pelo primeiro-ministro a sua formação sobre as medidas que pretende tomar.

O ex-primeiro-ministro anunciou que não irá amanhã à audiência pública na comissão do Senado encarregada de analisar a possível retirada de sua cadeira por ter sido condenado pela Corte Suprema a quatro anos de prisão por fraude fiscal no caso Mediaset. 

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