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Berlim lembra queda do muro sob a sombra do triunfo de Trump

A queda do muro, em 9 de novembro de 1989, foi recordada como o começo das fronteiras abertas na Europa

Muro de Berlim: em muitos países europeus estão sendo construídas novas cercas (REUTERS/Fabrizio Bensch)

Muro de Berlim: em muitos países europeus estão sendo construídas novas cercas (REUTERS/Fabrizio Bensch)

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EFE

Publicado em 9 de novembro de 2016 às 10h24.

Berlim - A capital alemã lembrou nesta quarta-feira os 27 anos da queda do muro de Berlim sob a sombra do auge do populismo em muitas partes da Europa e a vitória de Donald Trump no pleito presidencial nos EUA.

Os dois assuntos estiveram presentes durante o ato central realizado no monumento às vítimas daquela divisão, com a assistência do prefeito-governador de Berlim, Michael Müller, e com a participação de alunos de colégios noruegueses, franceses e alemães.

A queda do muro, em 9 de novembro de 1989, foi recordada como o começo das fronteiras abertas na Europa, justo em um momento no qual em muitos países europeus estão sendo construídas novas cercas.

"As fronteiras abertas eram o resultado da consciência de que a guerra não devia voltar nunca, mas não aprendemos nada, na Europa voltam a ser construídos muros, os populistas têm conjuntura e o resultado eleitoral de ontem à noite nos EUA faz temer pela paz do mundo", disse Hildigund Neubert, presidente de uma iniciativa cidadã que se encarrega de manter viva a lembrança das pessoas que morreram naquela linha de separação.

"O populismo cresce em todas partes e há pessoas que se sentem com isso estimuladas para recorrer à violência", acrescentou.

Depois, no entanto, lembrou que a queda da cerca em Berlim tinha mostrado que era possível a resistência pacífica.

"A queda do muro não foi um ato violento, o muro era uma obra da violência", disse.

Depois, foram depositadas flores em fendas de um dos lances que ficam de pé, na Bernauerstrasse, e perto de onde foi criado o centro de comemoração.

 

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