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Berlim celebra 25 anos da queda do Muro com grande festa

A capital alemã celebra nesse fim de semana os 25 anos da queda do muro, com eventos que terminarão com uma grande festa popular

Bandeira alemã em Berlim: imprensa divulgou a previsão de dois milhões de pessoas na capital (Fabrizio Bensch/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 7 de novembro de 2014 às 11h35.

Berlim - Berlim celebra neste fim de semana os 25 anos da queda do Muro, com eventos que terminarão no domingo com uma grande festa popular, com artistas como Daniel Barenboim e Peter Gabriel.

A imprensa alemã divulgou a previsão de dois milhões de pessoas na capital, mas uma greve de trens prevista para a próxima segunda-feira pode reduzir o fluxo de visitantes.

"Muro da vergonha" na Alemanha Ocidental, "proteção antifascista" na Alemanha Oriental, a construção de mais de 150 km de comprimento foi erguida em 1961 pela República Democrática Alemã (RDA, Oriental), comunista.

Sob a pressão pacífica de centenas de milhares de manifestantes, o muro foi derrubado 28 anos depois, em 9 de novembro de 1989. Menos de um ano depois, em 3 de outubro de 1990, a reunificação da Alemanha foi oficializada.

A chanceler Angela Merkel, que cresceu na RDA e morava em Berlim Oriental em 1989, falou na semana passada sobre o "sentimento indescritível" daquela noite.

"Nunca esquecerei", afirmou a chefe de Governo, que no próximo domingo vai inaugurar a nova exposição permanente do Memorial do Muro e assistirá a um concerto na sala Berliner Ensemble, que já foi o Teatro Bertold Brecht.

As comemorações, batizadas de "A Coragem da Liberdade", acontecerão no Portão de Brandeburgo, em pleno centro da capital.

A orquestra da Staatskapelle, sob o comando do argentino-israelense Daniel Barenboim, dará início à festa ao meio-dia.

Durante a tarde, artistas de vários gêneros musicais se apresentarão e, às 18H00, acontecerá uma homenagem às "vítimas do Muro", mortas quando tentavam ultrapassar a barreira.

O número exato de mortes não é conhecido. Em toda a RDA, pelo menos 389 pessoas morreram quando tentavam escapar, um dado oficial que as associações de vítimas consideram abaixo da realidade.

Fronteira luminosa de 8.000 balões

Durante a noite, a festa terá a participação de artistas como o veterano do rock alemão Udo Lindenberg, autor em 1983 da canção "Sonderzug nach Pankow" ("Trem especial para Pankow"), o nome de um bairro de Berlim Oriental. Na música, ele critica o último dos dirigentes da Alemanha Oriental, Erich Honecker, por não ter autorizado um show na RDA.

O britânico Peter Gabriel interpretará o clássico "Heroes", gravado em 1977 a poucos metros do Muro por David Bowie, durante a fase de sua carreira que viveu em Berlim Ocidental.

A partir desta sexta-feira à noite, 8.000 balões luminosos desenharão, ao longo de 15 km, o traçado do antigo Muro.

Os balões da "fronteira luminosa" ("Lichtgrenze") levarão as mensagens de 8.000 "padrinhos" reunidos com a ajuda da internet.

Os balões, símbolos de uma fronteira que se apaga, serão lançados ao céu no domingo à noite, acompanhados pela música do último movimento da 9ª sinfonia de Ludwig van Beethoven - A Ode à Alegria -, que agora é o hino da União Europeia.

Paralelamente às comemorações, o último dirigente soviético, Mikhail Gorbachev, de 83 anos, prêmio Nobel da Paz, participará em um debate que discutirá o recente aumento de tensão entre o Ocidente e a Rússia.

O último presidente da União Soviética, considerado na Rússia o responsável pelo caos posterior à desintegração da URSS, é respeitado no Ocidente por sua decisão de abrir mão do uso da força para reprimir as aspirações democráticas dos cidadãos dos países satélites.

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A imprensa alemã divulgou a previsão de dois milhões de pessoas na capital, mas uma greve de trens prevista para a próxima segunda-feira pode reduzir o fluxo de visitantes.

"Muro da vergonha" na Alemanha Ocidental, "proteção antifascista" na Alemanha Oriental, a construção de mais de 150 km de comprimento foi erguida em 1961 pela República Democrática Alemã (RDA, Oriental), comunista.

Sob a pressão pacífica de centenas de milhares de manifestantes, o muro foi derrubado 28 anos depois, em 9 de novembro de 1989. Menos de um ano depois, em 3 de outubro de 1990, a reunificação da Alemanha foi oficializada.

A chanceler Angela Merkel, que cresceu na RDA e morava em Berlim Oriental em 1989, falou na semana passada sobre o "sentimento indescritível" daquela noite.

"Nunca esquecerei", afirmou a chefe de Governo, que no próximo domingo vai inaugurar a nova exposição permanente do Memorial do Muro e assistirá a um concerto na sala Berliner Ensemble, que já foi o Teatro Bertold Brecht.

As comemorações, batizadas de "A Coragem da Liberdade", acontecerão no Portão de Brandeburgo, em pleno centro da capital.

A orquestra da Staatskapelle, sob o comando do argentino-israelense Daniel Barenboim, dará início à festa ao meio-dia.

Durante a tarde, artistas de vários gêneros musicais se apresentarão e, às 18H00, acontecerá uma homenagem às "vítimas do Muro", mortas quando tentavam ultrapassar a barreira.

O número exato de mortes não é conhecido. Em toda a RDA, pelo menos 389 pessoas morreram quando tentavam escapar, um dado oficial que as associações de vítimas consideram abaixo da realidade.

Fronteira luminosa de 8.000 balões

Durante a noite, a festa terá a participação de artistas como o veterano do rock alemão Udo Lindenberg, autor em 1983 da canção "Sonderzug nach Pankow" ("Trem especial para Pankow"), o nome de um bairro de Berlim Oriental. Na música, ele critica o último dos dirigentes da Alemanha Oriental, Erich Honecker, por não ter autorizado um show na RDA.

O britânico Peter Gabriel interpretará o clássico "Heroes", gravado em 1977 a poucos metros do Muro por David Bowie, durante a fase de sua carreira que viveu em Berlim Ocidental.

A partir desta sexta-feira à noite, 8.000 balões luminosos desenharão, ao longo de 15 km, o traçado do antigo Muro.

Os balões da "fronteira luminosa" ("Lichtgrenze") levarão as mensagens de 8.000 "padrinhos" reunidos com a ajuda da internet.

Os balões, símbolos de uma fronteira que se apaga, serão lançados ao céu no domingo à noite, acompanhados pela música do último movimento da 9ª sinfonia de Ludwig van Beethoven - A Ode à Alegria -, que agora é o hino da União Europeia.

Paralelamente às comemorações, o último dirigente soviético, Mikhail Gorbachev, de 83 anos, prêmio Nobel da Paz, participará em um debate que discutirá o recente aumento de tensão entre o Ocidente e a Rússia.

O último presidente da União Soviética, considerado na Rússia o responsável pelo caos posterior à desintegração da URSS, é respeitado no Ocidente por sua decisão de abrir mão do uso da força para reprimir as aspirações democráticas dos cidadãos dos países satélites.

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