Policiais patrulham arredores da Torre Eiffel, em Paris. (REUTERS)
Da Redação
Publicado em 14 de novembro de 2015 às 15h24.
Bruxelas.- O ministro da Justiça da Bélgica, Koen Geens, afirmou neste sábado à uma rádio local que várias pessoas foram detidas em Bruxelas, por supostas relações com os atentados realizados em Paris e arredores, que deixaram pelo menos 127 mortos.
O titular da pasta explicou que várias testemunhas tinham visto nas imediações da casa de shows Bataclan, um dos alvos dos terroristas na capital francesa, um veículo com placa do país.
"Provavelmente se trata de um carro alugado na Bélgica", disse Geens, explicando que as investigações estão focadas em tentar encontrar esse veículo e descobrir quem o alugou.
O ministro não confirmou a existência de um segundo carro com placa da Bélgica em outro dos atentados e também não soube esclarecer se os terroristas tinham nacionalidade belga.
"A identificação dos terroristas é muito difícil", disse Geens.
A Procuradoria Federal da Bélgica deve organizar uma entrevista coletiva em breve para informar sobre o avanço das investigações.
O órgão de coordenação para a análise de ameaças da Bélgica (OCAM, na sigla em francês) está avaliando elevar para o nível mais alto o alerta por terrorismo no país, segundo o site "De Redactie".
O Ministério do Interior começou a investigar na manhã de hoje se um dos carros dos terroristas responsáveis pelos ataques de Paris tinha placa belga, após testemunhas terem repassado a informação às autoridades, informou o jornal "Het Laatste Nieuws" em seu site.
O primeiro-ministro da Bélgica, Charles Michel, que convocou hoje uma reunião do Conselho Nacional de Segurança, não quis dar declarações sobre a possibilidade, ao destacar que não se pronunciará sobre uma informação de caráter judicial.
O governo belga decidiu estabelecer na noite de ontem controles na fronteira com a França em estradas, aeroportos e estações de trem por causa dos atentados terroristas em Paris.
Além disso, determinou que a polícia elevasse o nível de segurança e vigilância, o que implica também "registros sistemáticos" na entrada de eventos públicos. EFE