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Bélgica e França buscam novos suspeitos de ataques em Paris

São procurados outros dois suspeitos que supostamente transferiram dinheiro à mulher que morreu na operação no apartamento de Saint-Denis


	Ação policial na cidade de Saint-Denis, no subúrbio de Paris, em 18 de novembro
 (Benoit Tessier / Reuters)

Ação policial na cidade de Saint-Denis, no subúrbio de Paris, em 18 de novembro (Benoit Tessier / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 4 de dezembro de 2015 às 14h52.

Bruxelas - As autoridades de Bélgica e França buscam outros dois suspeitos relacionados com os atentados de Paris do 13 de novembro, que supostamente transferiram dinheiro à mulher que morreu na operação no apartamento de Saint-Denis e alugaram um apartamento que foi revistado no sul do país, informou nesta sexta-feira a procuradoria belga.

"A procuradoria federal e o juiz de instrução desejam divulgar uma nova chamada a testemunhas no marco da busca de outros dois suspeitos", indicou o Ministério Público belga em comunicado, no qual precisou que tanto a polícia da Bélgica como da França os buscam "ativamente".

A procuradoria lembrou que, até agora, as autoridades belgas tinham divulgado uma ordem de busca de Salah Abdeslam, o principal suspeito dos atentados de Paris que se sabe que retornou à Bélgica no dia seguinte dos atentados.

Também já era procurado Mohammed Abrini, que foi filmado na companhia de Abdeslam dois dias antes dos atentados, em 11 de novembro, em um posto de gasolina de Ressons (norte da França), na estrada que liga Paris à Bélgica.

A procuradoria destacou que a investigação belga aberta depois dos atentados de Paris permitiu "pôr em evidência diferentes ações preparatórias", mas ressaltou que "vários suspeitos ainda não puderam ser identificados ou detidos".

Segundo destacou, a investigação demonstrou que Abdeslam viajou duas vezes a Budapeste em setembro com um veículo alugado.

No dia 9 de setembro passou por um controle na fronteira entre Hungria e Áustria junto a outras duas pessoas que utilizavam falsas carteiras de identidade belgas nos nome de Samir Bouzid e Soufiane Kayal.

A procuradoria revelou que a casa que a polícia averiguou no último dia 26 de novembro em Auvelais tinha sido alugada com a falsa identidade de Soufiane Kayal.

Também indicou que a falsa carteira de identidade de Samir Bouzid foi utilizada quatro dias depois dos atentados, em 17 de novembro, em uma agência da entidade financeira Western Union na região de Bruxelas.

Com essa identidade foi realizada uma transferência de 750 euros a Hasna Ait Boulahcen, prima de Abdelhamid Abaaoud, considerado o cérebro dos ataques em Paris.

Ambos morreram na operação da polícia francesa no apartamento de Saint-Denis (norte de Paris) cinco dias depois dos atentados.

A procuradoria belga assegura que "foram gravadas imagens" dessa transferência de dinheiro.

"Estes dois indivíduos são ativamente procurados pelos serviços policiais belga e francês. Será divulgada uma chamada a testemunhas", concluiu a procuradoria.

Por outra parte, o Ministério Público informou que esta manhã foram realizadas duas novas operações no distrito bruxelense de Schaerbeek relacionados com os atentados na capital francesa.

As operações aconteceram "sem incidentes particulares" e nelas não houve nenhum detido, ressaltou. 

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