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Belga que vendeu armas a terroristas se entrega à polícia

A informação é do jornal "Le Soir" em sua edição digital


	Homens armados atacam a sede da revista Charlie Hebdo: as armas utilizadas pelos terroristas saíram da Bélgica e foram compradas por menos de cinco mil euros
 (Handout via Reuters TV)

Homens armados atacam a sede da revista Charlie Hebdo: as armas utilizadas pelos terroristas saíram da Bélgica e foram compradas por menos de cinco mil euros (Handout via Reuters TV)

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Da Redação

Publicado em 14 de janeiro de 2015 às 09h19.

Bruxelas - O belga que negociou com os irmãos Kouachi a entrega das armas que foram utilizadas no atentado contra a sede da revista satírica "Charlie Hebdo" se entregou à polícia, segundo informa nesta quarta-feira o jornal "Le Soir" em sua edição digital.

O indivíduo foi por iniciativa própria às dependências da Polícia Federal de Charleroi na terça-feira, depois que soube que as armas utilizadas pelos terroristas saíram da Bélgica e foram compradas por menos de cinco mil euros perto da estação de Midi de Bruxelas, explicou o meio.

Segundo sua declaração, o homem manteve contato com Amedy Coulibaly, o autor do atentado contra o supermercado judeu de Paris onde quatro reféns foram assassinados, e assegura que o francês tentou comprar um veículo e quis enganá-lo durante a operação.

No registro do domicílio do indivíduo, conhecido da polícia por diversas causas relacionadas com o tráfico de mercadorias, foram encontrados documentos que mencionavam a negociação sobre as armas, assim como uma pistola Tokarev, acrescenta o jornal.

O traficante explicou que ao ser informado sobre o vínculo de Coulibaly com o movimento radical Estado Islâmico (EI) se assustou e preferiu compartilhar a informação que tinha com a polícia.

Os investigadores encontraram provas sobre a negociação das armas de um calibre pouco comum, que corresponderia a uma das utilizadas por Coulibaly no ataque ao supermercado.

O traficante foi detido e será interrogado pelos investigadores, enquanto segundo o jornal belga, a promotoria de Charleroi não quis por enquanto confirmar e nem desmentir os fatos. 

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