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BCE avalia situação financeira como 'cheia de riscos'

Órgão europeu teme que desordem nas finanças públicas impeça crescimento do continente

Sede do Banco Central Europeu, em Frankfurt, Alemanha (Ralph Orlowski/Getty Images)

Sede do Banco Central Europeu, em Frankfurt, Alemanha (Ralph Orlowski/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 9 de dezembro de 2010 às 14h32.

O Banco Central Europeu (BCE) alertou que qualquer deslize nos esforços de consolidação fiscal dos governos pode resultar em uma "espiral de dívida insustentável" com implicações negativas para a estabilidade financeira da região. "A situação econômica e financeira geral ainda está cheia de riscos para a estabilidade", escreveu o BCE no relatório semestral Revisão da Estabilidade Financeira.

O BCE destacou duas fontes principais de preocupação. A primeira são os persistentes receios com a possibilidade de as frágeis finanças públicas solaparem o crescimento econômico e a estabilidade do setor bancário. A segunda fonte de risco, segundo o BCE, é o ressurgimento de desequilíbrios globais e a possibilidade de que eles se desenvolvam desordenadamente. Esses fatores poderiam "gerar surpresas negativas de potencial importância sistêmica", disse o BCE.

O vice-presidente do BCE, Vitor Constâncio, afirmou a jornalistas que um aumento do Fundo de Estabilidade Financeira Europeu (EFSF) poderia, em tese, ajudar a resolver a crise de dívida soberana da Europa. No entanto, a autoridade não quis dizer se é favorável ou não a esse movimento.

No relatório, o BCE também destacou vulnerabilidades para o setor bancário da região, mas não forneceu - como fez em relatórios anteriores - uma estimativa de futuras baixas contábeis.

"Um pequeno número" de bancos da zona do euro ainda é "excessivamente dependente" de liquidez do banco central, afirmou Constâncio, acrescentando que esses bancos representam "uma fatia substancial" das operações de refinanciamento do BCE. "As preocupações com os desafios que esses bancos podem enfrentar quando o BCE agir para reduzir mais as medidas de suporte ao crédito continuam grandes", disse. As informações são da Dow Jones.

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