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BC da China destaca desafios para controlar liquidez

China procura usar seus vários instrumentos de política monetária para administrar a formação de liquidez

Entre diversos desafios, China busca controlar liquidez (China Photos/Getty Images)

Entre diversos desafios, China busca controlar liquidez (China Photos/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 27 de dezembro de 2010 às 10h14.

Pequim - O Banco do Povo da China (PBOC, o banco central chinês) emitiu dois comunicados hoje destacando os desafios que o banco central enfrenta para controlar o excesso de liquidez e a base monetária. No fim de semana, o PBOC anunciou uma elevação na taxa de juro. Apesar da força da economia do país, a China "enfrenta tarefas árduas para administrar a moeda, o crédito e a liquidez e evitar riscos financeiros", disse o banco central, em comunicado após a reunião do quarto trimestre do Comitê de Política Monetária.

Em comunicado separado, o vice-presidente do PBOC, Hu Xiaolian, argumentou que os grandes superávits externos estão ampliando o problema do excesso de liquidez. Segundo ele, a reforma do mecanismo de câmbio ajuda a conter a inflação e as bolhas de preços de ativos. Os dois comunicados foram divulgados depois que o banco central elevou a taxa de referência e de depósitos pela segunda vez este ano no dia 25 de dezembro, sinalizando sua determinação de combater a alta da inflação.

A China vai usar seus vários instrumentos de política monetária para administrar a formação de liquidez e levar o crescimento do crédito e da base monetária de volta para condições normais, disse o PBOC. Hu disse que o banco central vai continuar fazendo uso de instrumentos que incluem as taxas de juro, os depósitos compulsórios e as operações de mercado aberto.

Os grandes superávits da conta corrente e de capitais da China contribuíram para a emissão "passiva" de moeda, o que, por sua vez, tornou a gestão da liquidez um dos principais problemas do banco central no último ano, disse Hu. O banco central da China compra a maior parte dos recursos externos que entram no país para manter o controle de capital e de câmbio.

Ao fazer isso, o banco central aumenta a base monetária doméstica, ao mesmo tempo em que busca cancelar parte desta criação de moeda com a emissão de títulos do PBOC e outras medidas.

Hu disse que a reforma gradual do mecanismo de câmbio do país é do interesse da China, uma vez que isso ajuda a evitar a inflação e bolhas de ativos e torna a política monetária mais independente. Os dois comunicados divulgados hoje reiteram a posição do governo de que a China vai manter a taxa do yuan "basicamente estável em um nível razoável".

As autoridades chinesas vêm há anos usando este enunciado para descrever sua postura em relação ao câmbio, mesmo durante períodos em que permitiram que o yuan se valorizasse gradualmente em relação ao dólar. Os comunicados também reiteraram os recentes comentários dos principais líderes da China de que a estabilização de preços será colocada "numa posição mais proeminente", destacando os crescentes temores com a inflação.

As duas notas defendem que mais crédito seja alocado para a "economia real" e que mais crédito vá para áreas rurais e companhias de pequeno e médio porte. As informações são da Dow Jones.

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