Batalha sobre Brexit é travada nas ruas de Londres
Em uma calçada, um grupo de militantes do "Britain Stronger in Europe" distribuem panfletos em meio ao blues que toca ao fundo em um ambiente relaxado
Da Redação
Publicado em 30 de maio de 2016 às 14h28.
"Somos mais fortes na Europa !" versus "Vamos embora!": a menos de um mês do referendo sobre a permanência do Reino Unido na União Europeia (UE), os militantes das duas opções distribuem panfletos e intensificam as campanhas nas ruas.
É uma da tarde em Fitzrovia, o pequeno bairro boêmio de Londres onde Arthur Rimbaud e Dylan Thomas viveram e se embebedaram. As ruas estão repletas de gente indo almoçar.
Em uma calçada, um grupo de militantes do "Britain Stronger in Europe", a campanha pela permanência na UE, distribuem panfletos em meio ao blues que toca ao fundo em um ambiente relaxado.
Sheila Hawkins, aposentada, se ofereceu como voluntária para impedir "o desastre" que seria o Brexit.
"Eu estava tão preocupada, então pensei: 'pare de se preocupar e faça algo a respeito'", explicou à AFP.
Paz e soberania
Um de seus primeiros alvos é Awo Davis, de 45 anos, indeciso, a quem tenta convencer com argumentos econômicos.
Mas Awo resiste: "A UE, bom... não estou completamente convencido", explica, sustentando que o que escuta na campanha parece tendencioso.
Há muitos defensores da permanência na UE entre os pedestres, como Haran, um estudante de 19 anos, que se detém para pegar um adesivo da campanha. Para ele, os partidários da saída da UE dizem "besteiras". "As empresas sofreriam e entraríamos de cabeça em uma recessão".
Mas alguns dos que passam pelo local são completamente favoráveis ao Brexit. Como Clive Poole, de 57 anos, que discute com uma voluntária:
- "Vai dar as costas a todos os que combateram pela Europa no último século? À paz que nos trouxe?", pergunta Jannet Taylor.
- "Agora me dirá que é a UE quem protege a Europa", responde irônico Clive.
- "É assim!", diz a mulher.
- "E a Otan, ou está sonhando? Votarei pela saída para que possamos voltar às leis feitas por deputados que possamos tirar de seus cargos. Não gosta de David Cameron? Podemos tirá-lo. Não gosta de Jean-Claude Juncker? Não podemos fazer nada".
Panfletos e comida para cachorros
Já os defensores do "Vote leave", a saída da UE, escolheram o bairro de Croydon, nos subúrbios de Londres, para fazer campanha e defender seu ponto de vista.
Com uma montanha de panfletos, James Bradley, de 38 anos, bate na porta de uma casa modesta. Segundos depois Desiree Peacock, de 60 anos, abre a porta enquanto segura uma lata de comida para cachorro na mão.
- "Votarei a favor da saída", esclarece rapidamente a mulher, que encara o referendo como a chance de recuperar a "identidade perdida".
Casas adiante, Marcin Kurdzialek, polonês de 34 anos, observa com curiosidade os militantes. Como não é britânico não votará, o que não significa que não tenha uma opinião.
"Se o Reino Unido não tivesse entrado na UE, eu não estaria aqui", afirma este pequeno empresário. "Lamentaria muito se outras pessoas não tivessem as mesmas oportunidades que eu", completa.
"Somos mais fortes na Europa !" versus "Vamos embora!": a menos de um mês do referendo sobre a permanência do Reino Unido na União Europeia (UE), os militantes das duas opções distribuem panfletos e intensificam as campanhas nas ruas.
É uma da tarde em Fitzrovia, o pequeno bairro boêmio de Londres onde Arthur Rimbaud e Dylan Thomas viveram e se embebedaram. As ruas estão repletas de gente indo almoçar.
Em uma calçada, um grupo de militantes do "Britain Stronger in Europe", a campanha pela permanência na UE, distribuem panfletos em meio ao blues que toca ao fundo em um ambiente relaxado.
Sheila Hawkins, aposentada, se ofereceu como voluntária para impedir "o desastre" que seria o Brexit.
"Eu estava tão preocupada, então pensei: 'pare de se preocupar e faça algo a respeito'", explicou à AFP.
Paz e soberania
Um de seus primeiros alvos é Awo Davis, de 45 anos, indeciso, a quem tenta convencer com argumentos econômicos.
Mas Awo resiste: "A UE, bom... não estou completamente convencido", explica, sustentando que o que escuta na campanha parece tendencioso.
Há muitos defensores da permanência na UE entre os pedestres, como Haran, um estudante de 19 anos, que se detém para pegar um adesivo da campanha. Para ele, os partidários da saída da UE dizem "besteiras". "As empresas sofreriam e entraríamos de cabeça em uma recessão".
Mas alguns dos que passam pelo local são completamente favoráveis ao Brexit. Como Clive Poole, de 57 anos, que discute com uma voluntária:
- "Vai dar as costas a todos os que combateram pela Europa no último século? À paz que nos trouxe?", pergunta Jannet Taylor.
- "Agora me dirá que é a UE quem protege a Europa", responde irônico Clive.
- "É assim!", diz a mulher.
- "E a Otan, ou está sonhando? Votarei pela saída para que possamos voltar às leis feitas por deputados que possamos tirar de seus cargos. Não gosta de David Cameron? Podemos tirá-lo. Não gosta de Jean-Claude Juncker? Não podemos fazer nada".
Panfletos e comida para cachorros
Já os defensores do "Vote leave", a saída da UE, escolheram o bairro de Croydon, nos subúrbios de Londres, para fazer campanha e defender seu ponto de vista.
Com uma montanha de panfletos, James Bradley, de 38 anos, bate na porta de uma casa modesta. Segundos depois Desiree Peacock, de 60 anos, abre a porta enquanto segura uma lata de comida para cachorro na mão.
- "Votarei a favor da saída", esclarece rapidamente a mulher, que encara o referendo como a chance de recuperar a "identidade perdida".
Casas adiante, Marcin Kurdzialek, polonês de 34 anos, observa com curiosidade os militantes. Como não é britânico não votará, o que não significa que não tenha uma opinião.
"Se o Reino Unido não tivesse entrado na UE, eu não estaria aqui", afirma este pequeno empresário. "Lamentaria muito se outras pessoas não tivessem as mesmas oportunidades que eu", completa.