Mundo

Batalha por Alepo continua com duros confrontos

Os combatentes do Exército Livre Sírio (ELS) voltaram a atacar as tropas governamentais


	Vídeo mostra tanque do regime sírio sendo levado a Alepo: As tropas do presidente estão concentrando seus esforços desde quarta-feira em expulsar os rebeldes de Alepo
 (AFP)

Vídeo mostra tanque do regime sírio sendo levado a Alepo: As tropas do presidente estão concentrando seus esforços desde quarta-feira em expulsar os rebeldes de Alepo (AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de agosto de 2012 às 20h29.

Cairo - A batalha pela cidade síria de Alepo continuou nesta sexta-feira com duros confrontos entre o exército e os insurgentes, que voltaram a se enfrentar no bairro de Salah ad-Din apesar de seu recuo anterior.

Nesse bairro estratégico, os combatentes do Exército Livre Sírio (ELS) voltaram a atacar as tropas governamentais, informou à Agência Efe o porta-voz do grupo, o coronel Qasem Saadedin, por telefone.

Os insurgentes também saíram às ruas de Al Sukari e na maioria dos distritos dessa cidade do norte da Síria, segundo Saadedin, que não deu mais detalhes.

Em uma estratégia cada vez mais próxima ao combate de guerrilhas, os rebeldes recuaram ontem em Salah ad-Din diante da intensa ofensiva do regime.

As tropas do presidente sírio, Bashar al Assad, estão concentrando seus esforços desde quarta-feira em expulsar os rebeldes de Alepo, coração econômico do país que está sofrendo atos de violência há semanas.

Segundo os insurgentes, a escassez de recursos, insuficientes para fazer frente à maquinaria do regime, fez com que tivessem que retroceder de maneira tática e esperar que as tropas entrassem no bairro para atacá-los em emboscadas entre as vielas estreitas.

Essa versão contrasta com a da imprensa oficial, que na véspera destacou que o exército havia expulsado de Salah ad-Din os supostos ''terroristas'', como o regime chama os rebeldes.


Os bombardeios se intensificaram, além disso, em diferentes bairros da cidade como Bustan al Qasr, Seif al Daula ou Sheikh Fares, informaram os grupos opositores, que denunciaram hoje a morte de dez pessoas por um bombardeio contra uma padaria na zona de Tariq al Bab.

O Observatório Sírio de Direitos Humanos afirmou em comunicado que os rebeldes assumiram o controle de um arsenal de armas do exército sírio em Alepo.

Os Comitês de Coordenação Local, por sua vez, informaram sobre a chegada de reforços militares ao aeroporto internacional da cidade em forma de veículos blindados, tanques e artilharia.

De Alepo, o membro do ELS Abu Feras disse à Efe pela internet que os insurgentes cercaram o aeroporto, utilizado atualmente como base militar, e enfrentaram as forças do regime na prisão central da cidade.

Segundo Feras, o objetivo dessa segunda operação era atacar o presídio, transformado em um quartel militar do regime onde ficam soldados, blindados, e até um tanque.

Enquanto isso, nas imediações da capital, os bombardeios também deixaram marcas em localidades como Deir al Asafir e Hataitet al Turkman, onde também aconteceram combates entre os leais e os opositores ao presidente sírio, Assad.


No povoado Tal, também perto de Damasco, os rebeldes capturaram vários jornalistas de veículos de comunicação partidários do regime que estavam cobrindo os combates, explicou o Observatório.

Esse grupo de direitos humanos informou sobre o falecimento hoje de quase 100 pessoas, a metade delas civis, enquanto os Comitês elevaram esse número para 140.

Segundo a rede de ativistas, a maioria das mortes aconteceu em Alepo, onde apareceram corpos sem identificação de 45 pessoas em Salah ad-Din.

Os atos de violência também ocorreram nas províncias de Idleb, Damasco, Homs, Deir ez-Zor, Deraa e Hama, entre outras.

Acompanhe tudo sobre:Crises em empresasSíriaViolência urbana

Mais de Mundo

Votação aquém do esperado de partido de Le Pen faz cotação do euro ficar estável

‘Isso não é um teste’: países se preparam para furacão Beryl, com ‘ventos com risco de vida’

Eleições na França: por que distritos com 3 ou mais candidatos no 2° turno podem barrar ultradireita

Presidente da Costa Rica demite ministra da Cultura por apoio à marcha LGBTQIAP+

Mais na Exame