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Base aliada decide votar no dia 28 emenda que prevê verbas para saúde

Dilma avisou à base aliada que só aceitaria a votação caso os parlamentares indicassem a fonte de receitas para aumentar as verbas da saúde

"Quero saber como é que todo o investimento necessário para garantir que nosso povo tenha saúde de qualidade vai sair", disse a presidente (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

"Quero saber como é que todo o investimento necessário para garantir que nosso povo tenha saúde de qualidade vai sair", disse a presidente (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

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Da Redação

Publicado em 31 de agosto de 2011 às 09h55.

São Paulo - Enquanto a presidente Dilma Rousseff, em visita a Pernambuco, mandava recados ao Congresso, recusando-se a aceitar "presentes de grego" - numa referência a projetos que elevam gastos da União - seus aliados, com aval do presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), decidiram manter a votação, em setembro, da proposta que destina recursos federais, de Estados e municípios à saúde, a Emenda 29.

O governo terá que correr contra o tempo e encontrar uma alternativa de financiamento para o setor. Dilma avisou à base aliada que só aceitaria a votação caso os parlamentares indicassem a fonte de receitas para aumentar as verbas da saúde. À exceção do PT, os partidos da base e de oposição rechaçaram a criação de imposto para custear a saúde. O governo tenta emplacar a volta de tributo aos moldes da extinta CPMF. "Precisamos de uma fonte extra e eu não diria que a CSS (Contribuição Social para a Saúde) está fora da mesa", disse o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP).

"Não quero que me deem presentes de grego. Eu quero um presente para a saúde que é o seguinte: quero saber como é que todo o investimento necessário para garantir que nosso povo tenha saúde de qualidade vai sair", disse a presidente em entrevista a rádios pernambucanas em Caruaru, ontem pela manhã, antes de cumprir agenda em Cupira e Garanhuns. Observou ainda que o momento de crise internacional "não é propício para que se aprovem despesas sem dizer de onde saem os recursos".

A presidente disse que gostaria que os parlamentares "tivessem a firmeza e a coragem de apresentar a origem dos recursos (para financiar a saúde), se não o País não vai andar para a frente". Ela enfatizou, ainda, que o problema da saúde no Brasil não se resolve só com a Emenda 29: "Acho uma temeridade alguém achar que aprovando um porcentual de gastos vai resolver o problema da saúde".

O projeto que regulamenta a Emenda 29 prevê a instituição da CSS. O movimento na Câmara é para derrubar a contribuição. "Queremos mais recursos, mas não tem como ressuscitar a CSS", afirmou o deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). "Não voto um novo imposto de jeito nenhum", disse o líder do PR, Lincoln Portela (MG). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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