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Barbatana de tubarão incentiva matança de golfinhos no Peru

Segundo funcionário, as exportações têm como destino principalmente Japão, Hong Kong, Cingapura e outros países asiáticos, detalhou o funcionário

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 23 de outubro de 2013 às 12h27.

Lima - A exportação de barbatanas de tubarão para a Ásia aumentou no Peru e é a principal causa da matança de 15.000 golfinhos por ano, que são usados como isca para caçar os grandes predadores, informou esta sexta-feira o Ministério da Produção.

"Por algum motivo, os asiáticos gostam da barbatana de tubarão", afirmou em entrevista coletiva Paul Phompiu, vice-ministro de Pesca do Ministério da Produção, destacando que a exportação da barbatana de tubarão aumentou 10% nos últimos anos.

Segundo o funcionário, as exportações têm como destino principalmente Japão , Hong Kong, Cingapura e outros países asiáticos, detalhou o funcionário.

Phompiu explicou que existe uma autorização para exportar a barbatana do peixe, mas que a maior extração é feita por pescadores ilegais, que realizam uma "atividade criminosa", que é preciso perseguir e punir.

"Estamos indignados com esta situação; o Peru condena a pesca ilegal de golfinhos e tubarões porque são espécies protegidas", destacou.

Na véspera, a ONG Mundo Azul informou que 15.000 golfinhos são sacrificados anualmente e que sua carne é usada como isca para capturar tubarões.

Segundo a ONG, estima-se que no litoral peruano existam mais de 545 embarcações artesanais que estão acondicionadas para fazer este tipo de caça, que saem no mínimo meia dúzia de vezes ao ano e matam até seis golfinhos em cada incursão.

Atualmente existem 72 embarcações registradas oficialmente para a pesca do tubarão, algumas artesanais e outras industriais, disse Phompiu. Não há números oficiais sobre embarcações ilegais.


Os trabalhos de fiscalização e controle se tornam difíceis por causa da extensão do mar peruano e os pescadores ao chegar ao porto não trazem mais vestígios da pesca ilegal, admitiu.

Ela disse que para deter a matança de golfinhos se deve enfrentar a raiz do problema, que é o controle da comercialização das barbatanas de tubarões, consideradas afrodisíacas pelos orientais.

Para esta finalidade, criaram um Plano Nacional de Ação para os Tubarões, cujo objetivo é agir de "forma firme" a fim de sancionar os infratores, destacou Phoumpiu.

Entre as medidas a ser adotadas estão a restrição temporária da pesca e da comercialização do tubarão, por se considerar o principal incentivo para a pesca indiscriminada de golfinhos.

Outras ações seriam declarar vedadas por tempo determinado e "em casos extremos" a proibição da pesca de golfinhos e tubarões.

O plano de ação propõe a realização de um estudo científico, a cargo do Instituto do Mar do Peru, para determinar as zonas onde é praticada a pesca indiscriminada de golfinhos e tubarões, as características da frota pesqueira e as áreas de reprodução que devem ser intangíveis.

Embora também se utilize a cavala e a lula para pescar tubarões, os pescadores preferem usar a carne de golfinho, segundo afirmam, seu sangue tem um cheiro forte que atrai os tubarões.

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Lima - A exportação de barbatanas de tubarão para a Ásia aumentou no Peru e é a principal causa da matança de 15.000 golfinhos por ano, que são usados como isca para caçar os grandes predadores, informou esta sexta-feira o Ministério da Produção.

"Por algum motivo, os asiáticos gostam da barbatana de tubarão", afirmou em entrevista coletiva Paul Phompiu, vice-ministro de Pesca do Ministério da Produção, destacando que a exportação da barbatana de tubarão aumentou 10% nos últimos anos.

Segundo o funcionário, as exportações têm como destino principalmente Japão , Hong Kong, Cingapura e outros países asiáticos, detalhou o funcionário.

Phompiu explicou que existe uma autorização para exportar a barbatana do peixe, mas que a maior extração é feita por pescadores ilegais, que realizam uma "atividade criminosa", que é preciso perseguir e punir.

"Estamos indignados com esta situação; o Peru condena a pesca ilegal de golfinhos e tubarões porque são espécies protegidas", destacou.

Na véspera, a ONG Mundo Azul informou que 15.000 golfinhos são sacrificados anualmente e que sua carne é usada como isca para capturar tubarões.

Segundo a ONG, estima-se que no litoral peruano existam mais de 545 embarcações artesanais que estão acondicionadas para fazer este tipo de caça, que saem no mínimo meia dúzia de vezes ao ano e matam até seis golfinhos em cada incursão.

Atualmente existem 72 embarcações registradas oficialmente para a pesca do tubarão, algumas artesanais e outras industriais, disse Phompiu. Não há números oficiais sobre embarcações ilegais.


Os trabalhos de fiscalização e controle se tornam difíceis por causa da extensão do mar peruano e os pescadores ao chegar ao porto não trazem mais vestígios da pesca ilegal, admitiu.

Ela disse que para deter a matança de golfinhos se deve enfrentar a raiz do problema, que é o controle da comercialização das barbatanas de tubarões, consideradas afrodisíacas pelos orientais.

Para esta finalidade, criaram um Plano Nacional de Ação para os Tubarões, cujo objetivo é agir de "forma firme" a fim de sancionar os infratores, destacou Phoumpiu.

Entre as medidas a ser adotadas estão a restrição temporária da pesca e da comercialização do tubarão, por se considerar o principal incentivo para a pesca indiscriminada de golfinhos.

Outras ações seriam declarar vedadas por tempo determinado e "em casos extremos" a proibição da pesca de golfinhos e tubarões.

O plano de ação propõe a realização de um estudo científico, a cargo do Instituto do Mar do Peru, para determinar as zonas onde é praticada a pesca indiscriminada de golfinhos e tubarões, as características da frota pesqueira e as áreas de reprodução que devem ser intangíveis.

Embora também se utilize a cavala e a lula para pescar tubarões, os pescadores preferem usar a carne de golfinho, segundo afirmam, seu sangue tem um cheiro forte que atrai os tubarões.

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