Steve Bannon: o presidente tinha perdido a confiança em Bannon, acusado de promover sua própria agenda (Joshua Roberts/Reuters)
EFE
Publicado em 18 de agosto de 2017 às 20h58.
Última atualização em 18 de agosto de 2017 às 21h34.
Washington - O agora ex-estrategista chefe da Casa Branca, Steve Bannon, retornará ao seu trabalho anterior como presidente-executivo do "Breitbart News", segundo anunciou o próprio portal ultradireitista, que lhe qualificou como "herói populista".
"O movimento nacionalista-populista se tornou hoje muito mais forte", afirmou nesta sexta-feira o editor-chefe do "Breitbart News", Alex Marlow.
Por sua parte, o presidente e diretor-executivo do "Breitbart", Larry Solov, disse que "a expansão global" do portal "se acelerará" com a volta de Bannon e afirmou que agora "o céu é o limite".
Bannon deixou o "Breitbart News" há um ano para assumir a chefia da campanha à Casa Branca do agora presidente, Donald Trump, em um momento muito crítico para o multimilionário nova-iorquino.
Após a vitória nas eleições de novembro do ano passado, Trump nomeou Bannon como estrategista chefe da Casa Branca e o levou com ele para Washington.
O presidente, no entanto, tinha perdido a confiança em Bannon, acusado de promover sua própria agenda, e hoje forçou sua saída após semanas de rumores.
Em declarações à revista conservadora "The Weekly Standard" após sua saída, Bannon lamentou: "A presidência de Trump pela qual lutamos, e ganhamos, já não existe".
"Ainda temos um movimento grandioso, e vamos tirar algo desta presidência de Trump. Mas essa presidência já não existe. Será outra coisa", acrescentou.
Antes, em declarações hoje ao site "Bloomberg", as primeiras desde a sua demissão, Bannon disse que iria "à guerra" por Trump e que seguirá promovendo a agenda ultraconservadora.
"Se resta alguma dúvida por aí, deixem-me ser claro: Saio da Casa Branca e vou à guerra por Trump e contra seus opositores no Congresso, nos meios de comunicação e nas corporações", destacou.
O "Breitbart" é um portal muito seguido pelos grupos supremacistas e o próprio Bannon o descreveu como "uma plataforma da alt-right", a autodenominada "direita alternativa", marca mais jovem da ultradireita americana.