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Banco do Japão mantém taxas de juros virtualmente em zero

Comitê monetário do BOJ decidiu por unanimidade manter as taxas de juros entre 0% e 0,1%, níveis estáveis desde outubro de 2010

Empréstimos de emergência serão feitos para estimular os bancos das províncias de Miyagi, Fukushima e Iwate, afetadas pela catástrofe de março (Robert Laberge/Getty Images)

Empréstimos de emergência serão feitos para estimular os bancos das províncias de Miyagi, Fukushima e Iwate, afetadas pela catástrofe de março (Robert Laberge/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 28 de abril de 2011 às 05h53.

Tóquio - O Banco do Japão (BOJ) manteve nesta quinta-feira as taxas de juros em um nível entre 0% e 0,1% e divulgou os detalhes de um programa de empréstimos de emergência para as entidades das áreas atingidas pelo terremoto de 11 de março.

Ao término do encontro de um dia em Tóquio, o banco central japonês precisou que esse programa inclui empréstimos de 1 trilhão de ienes (US$ 12,23 bilhões) durante um ano para os bancos e instituições financeiras com filiais nas áreas afetadas.

Cada uma das entidades poderá receber até 150 bilhões de ienes (US$ 1,83 bilhão) com juros a 0,1%, indicou o BOJ em comunicado.

O objetivo deste programa é estimular os bancos das províncias de Miyagi, Fukushima e Iwate, as mais devastadas pelo terremoto, a oferecerem empréstimos às companhias locais, sobretudo às pequenas empresas que agora encontram dificuldades para aceder a linhas de crédito.

Em sua reunião, o comitê monetário do BOJ decidiu por unanimidade manter as taxas de juros entre 0% e 0,1%, o nível no qual se encontram desde outubro, a fim de impulsionar a economia japonesa.

O BOJ também manteve em 10 trilhões de ienes (US$ 122,3 bilhões) o fundo de seu programa de compra de ativos, destinado a injetar liquidez na economia, ao rejeitar a proposta defendida pelo vice-governador da entidade, Kiyohiko Nishimura, para elevá-lo a 15 trilhões de ienes (US$ 183 bilhões).

Nos dias posteriores ao terremoto e ao tsunami de 11 de março, o BOJ injetou pelo menos 40 trilhões de ienes (US$ 490 bilhões) no mercado para evitar o pânico e facilitar o acesso a verbas destinadas à reconstrução após a catástrofe.

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