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Ban pede rápido envio de 300 observadores à Síria

Secretário-geral da ONU reconheceu que a situação na Síria é ainda ''altamente precária''

Ban: ''Para que a missão tenha êxito, requereremos a colaboração completa do governo sírio'' (Mario Tama/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 19 de abril de 2012 às 20h36.

Nações Unidas - O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu nesta quinta-feira ao Conselho de Segurança que autorize o envio rápido de 300 observadores militares não armados à Síria , onde, apesar da ''precária'' situação, devem comprovar o cumprimento do cessar-fogo e contribuir ao acordo dialogado.

''Desejo uma ação rápida do Conselho de Segurança. Não é uma missão que não represente riscos, mas acho que pode contribuir para conseguir a paz e um acordo político que reflita a vontade do povo sírio'', disse Ban depois de se reunir com os membros do principal órgão de decisão da ONU.

Ban reconheceu que a situação na Síria é ainda ''altamente precária'' e assegurou que, apesar do compromisso de Damasco de deter a violência, há ''provas perturbadoras'' de que persiste o ''bombardeio em zonas civis e abusos das forças oficiais, assim como ataques de grupos armados''.

Apesar desse cenário, o principal responsável das Nações Unidas considerou de vital necessidade a ampliação da equipe atual de observadores no país, por isso apresentou uma proposta para o envio de uma missão de 300 observadores desarmados à Síria, apoiados por um componente civil, durante o período inicial de três meses.

''Uma missão de supervisão com mandato claro e as capacidades necessárias sob as condições adequadas contribuiria para melhorar a situação no terreno, a conseguir a cessação da violência em todas suas formas e prepararia o terreno para a aplicação do plano de paz'', acrescentou Ban.


O secretário-geral enviou sua proposta por escrito ao Conselho e participou das consultas dos 15 sobre a que chamou a Missão de Supervisão das Nações Unidas na Síria (UNSMIS, na sigla em inglês).

A UNSMIS permitiria o desdobramento paulatino, em questão de semanas, de observadores em aproximadamente dez pontos da Síria, embora Ban não feche a porta para enviar inclusive mais pessoas após os 90 dias iniciais de trabalho.

Ban Ki-moon reconheceu que, apesar dos acordos com Damasco, o governo de Bashar al Assad mantém certas ''preocupações'' sobre a nacionalidade dos observadores, mas garantiu que as autoridades sírias não devem impor ''condições prévias sobre a nacionalidade e a liberdade de movimento'' da missão.

''Para que a missão tenha êxito, requereremos a colaboração completa do governo sírio, particularmente na hora de garantir a liberdade de atuação e a segurança e proteção de seus membros, assim como o uso de helicópteros e outras formas de transporte'', explicou o diplomata sul-coreano.

Para aprovar os parâmetros marcados por Ban, os 15 deverão modelar um mandato para a UNSMIS em uma resolução que pode ser submetida à votação na próxima semana.

O secretário-geral também se referiu à situação humanitária na Síria e cifrou em 1 milhão os sírios que precisam de ajuda humanitária e em mais de 430 mil os deslocados pelo conflito.

''É inaceitável que, apesar dos compromissos do governo, não tenha havido avanços no terreno'', lamentou Ban, quem pediu às autoridades sírias que autorizem o início de uma grande operação humanitária no país.

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Nações Unidas - O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu nesta quinta-feira ao Conselho de Segurança que autorize o envio rápido de 300 observadores militares não armados à Síria , onde, apesar da ''precária'' situação, devem comprovar o cumprimento do cessar-fogo e contribuir ao acordo dialogado.

''Desejo uma ação rápida do Conselho de Segurança. Não é uma missão que não represente riscos, mas acho que pode contribuir para conseguir a paz e um acordo político que reflita a vontade do povo sírio'', disse Ban depois de se reunir com os membros do principal órgão de decisão da ONU.

Ban reconheceu que a situação na Síria é ainda ''altamente precária'' e assegurou que, apesar do compromisso de Damasco de deter a violência, há ''provas perturbadoras'' de que persiste o ''bombardeio em zonas civis e abusos das forças oficiais, assim como ataques de grupos armados''.

Apesar desse cenário, o principal responsável das Nações Unidas considerou de vital necessidade a ampliação da equipe atual de observadores no país, por isso apresentou uma proposta para o envio de uma missão de 300 observadores desarmados à Síria, apoiados por um componente civil, durante o período inicial de três meses.

''Uma missão de supervisão com mandato claro e as capacidades necessárias sob as condições adequadas contribuiria para melhorar a situação no terreno, a conseguir a cessação da violência em todas suas formas e prepararia o terreno para a aplicação do plano de paz'', acrescentou Ban.


O secretário-geral enviou sua proposta por escrito ao Conselho e participou das consultas dos 15 sobre a que chamou a Missão de Supervisão das Nações Unidas na Síria (UNSMIS, na sigla em inglês).

A UNSMIS permitiria o desdobramento paulatino, em questão de semanas, de observadores em aproximadamente dez pontos da Síria, embora Ban não feche a porta para enviar inclusive mais pessoas após os 90 dias iniciais de trabalho.

Ban Ki-moon reconheceu que, apesar dos acordos com Damasco, o governo de Bashar al Assad mantém certas ''preocupações'' sobre a nacionalidade dos observadores, mas garantiu que as autoridades sírias não devem impor ''condições prévias sobre a nacionalidade e a liberdade de movimento'' da missão.

''Para que a missão tenha êxito, requereremos a colaboração completa do governo sírio, particularmente na hora de garantir a liberdade de atuação e a segurança e proteção de seus membros, assim como o uso de helicópteros e outras formas de transporte'', explicou o diplomata sul-coreano.

Para aprovar os parâmetros marcados por Ban, os 15 deverão modelar um mandato para a UNSMIS em uma resolução que pode ser submetida à votação na próxima semana.

O secretário-geral também se referiu à situação humanitária na Síria e cifrou em 1 milhão os sírios que precisam de ajuda humanitária e em mais de 430 mil os deslocados pelo conflito.

''É inaceitável que, apesar dos compromissos do governo, não tenha havido avanços no terreno'', lamentou Ban, quem pediu às autoridades sírias que autorizem o início de uma grande operação humanitária no país.

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