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Ban Ki-moon elogia plano dos EUA contra mudança climática

Obama, que completa hoje 54 anos, e Ban tiveram um encontro de cerca de uma hora no Salão Oval para discutir vários temas de interesse global

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon: a proposta de Obama complementa o objetivo geral dos EUA comprometido com a ONU para a conferência global sobre mudança climática (Jack Guez/AFP)
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Da Redação

Publicado em 4 de agosto de 2015 às 14h47.

Washington- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama , e o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, tiveram uma reunião nesta terça-feira na Casa Branca, em que conversaram sobre a luta contra a mudança climática e o conflito na Síria, entre outros assuntos.

Obama, que completa hoje 54 anos, e Ban tiveram um encontro de cerca de uma hora no Salão Oval para discutir vários temas de interesse global.

Em declarações aos jornalistas após o encontro, eles concordaram com a necessidade de atuar urgentemente contra a mudança climática, um dia depois de Obama alertar que o aquecimento global é a maior ameaça para as futuras gerações durante a apresentação de seu plano para reduzir as emissões de carbono das termoeléctricas americanas.

O "Plano de Energia Limpa" prevê uma redução para 2030 de 32% das emissões de carbono das centrais termoelétricas dos Estados Unidos em comparação com os níveis de 2005.

Essa proposta de Obama complementa o objetivo geral dos EUA comprometido com a ONU para a conferência global sobre mudança climática, que será realizada em dezembro em Paris.

Essa meta, formalizada em março, inclui o compromisso de redução das emissões de gases que provocam o efeito estufa no total, não só das procedentes de centrais termoelétricas, entre 26% e 28% em 2025em relação aos níveis de 2005.

O secretário-geral da ONU elogiou ontem o plano de Obama para reduzir as emissões das usinas termoelétricas americanas, e disse que significa um exemplo a seguir, que ajudará outros países a se somarem aos esforços para conter a mudança climática.

"A liderança através do exemplo do presidente Obama é essencial para atrair outros países estratégicos e conseguir um acordo universal, durável e significativo em Paris em dezembro", assinalou o porta-voz de Ban, Stéphane Dujarric.

São Paulo - O bem estar da humanidade, do meio ambiente e da própria economia dependem da gestão responsável dos recursos naturais que a Terra , generosa, nos oferta. Mas há tempos, nos distanciamos da natureza a ponto de nos julgarmos seres autossuficientes e independentes dela. Mas o ritmo das transformações pelas quais o mundo vem passando está se acelerando e seria um perigo ignorar isso. É preciso resgatar o elo perdido e reconhecer que todos enfrentamos os mesmos desafios e estamos conectados e unidos por um objetivo comum: uma vida próspera e sustentável no Planeta. Neste Dia Mundial do Meio Ambiente, conheça nos próximos slides alguns dos sinais de que o planeta está passando por maus bocados e de que a humanidade pode ser tão culpada quanto vítima dessa transição.
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    Anualmente, segundo dados da ONU, o mundo gera em média 40 milhões de toneladas de lixo eletrônico por ano. A maior parte vem de países emergentes, como o Brasil, que ainda não possuem sistema de gestão eficiente para lidar com esse tipo de material. Artefatos eletroeletrônicos contêm materiais que demoram a se decompor – plástico, metal e vidro – e outros altamente prejudiciais à saúde, como mercúrio, chumbo, cádmio, manganês e níquel.
  • 17. E criamos moradas tóxicas

    17 /21(Getty Images)

    Atualmente, mais de 200 milhões de pessoas em todo o mundo estão expostas à poluição tóxica em níveis superiores aos tolerados pelas organizações internacionais de saúde. Essas populações vivem em regiões contaminadas por metais pesados, pesticidas e até por substâncias radioativas, como o césio. Conheça os 10 lugares mais poluídos do mundo e habitados.
  • 18. O mar sobe e oprime

    18 /21(Getty Images)

    Quem disse que a elevação do nível do mar é um problema distante? Estudos já relacionam a elevação do Pacífico às mudanças climáticas. As águas subiram cerca de 20 centímetros nos últimos 200 anos. Segundo os pesquisadores, os maiores picos na elevação do nível do mar aconteceram entre 1910 e 1990, o que pode estar vinculado a intensificação das atividades industriais.
  • 19. 1 de cada 6 espécies em risco

    19 /21(CC/ BORIS G /flickr.com/gameoflight)

    Uma em cada seis espécies que habitam o planeta podem desaparecer diante das mudanças climáticas, de acordo com um estudo publicado na revista Science.Se as tendências atuais continuarem, a temperatura da Terra pode atingir o marco de 4,3 graus Celsius acima dos registros do início da era industrial. Caso esse cenário se concretize, 16 % das espécies de todo o mundo estaria em risco de extinção.
  • 20. A "defaunação" já começou...

    20 /21(REUTERS/Mike Blake)

    Uma série de artigos publicados na revista científica Science, em julho de 2014, já alertava que o mundo está passando por uma das maiores extinções de animais já vista, um problema galopante, mas pouco falado.A perda de grandes espécies, como tigres, rinocerontes, e pandas, até dos menores animais, como o elefante besouro, vai alterar fundamentalmente a forma e função dos ecossistemas dos quais todos nós dependemos, alertam os cientistas.
  • 21. Três mundos

    21 /21(Thinkstock)

    Pelos cálculos da ONU, até 2050 (quando seremos 9,6 bilhões de pessoas), se o ritmo e o padrão de consumo e produção atuais não mudarem, precisaremos de três planetas para sustentar a população.
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