Ban Ki-moon e Erdogan: "É decepcionante que alguns líderes do mundo não tenham podido estar aqui, salvo a chanceler alemã" (Murad Sezer / Reuters)
Da Redação
Publicado em 24 de maio de 2016 às 14h53.
Istambul - O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, recriminou os líderes dos países mais desenvolvidos (G7) que, com a exceção da Alemanha, não compareceram à primeira Cúpula Humanitária Mundial que se encerra nesta terça-feira em Istambul.
"É decepcionante que alguns líderes do mundo não tenham podido estar aqui, salvo a chanceler alemã, Angela Merkel. Mas espero que se comprometam mais na fase de implementação (das ideias aprovadas na cúpula)", disse o diplomata sul-coreano.
A Cúpula Humanitária Mundial, inaugurada na segunda-feira em Istambul, contou com delegações de 172 países, entre eles 55 chefes de Estado ou de governo, a maioria de países africanos e asiáticos, segundo especificou o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, anfitrião do encontro, na entrevista coletiva final.
Com a exceção da Alemanha, os outros países do G7 (Estados Unidos, Canadá, França, Reino Unido, Itália e Japão), não enviaram seus líderes à cúpula.
Erdogan afirmou que cerca de nove mil pessoas participaram da cúpula, dedicada a buscar soluções mais eficazes para oferecer assistência de emergência, proteger melhor os trabalhadores humanitários e combinar a ajuda em momentos de crise com a que é oferecida para um desenvolvimento a longo prazo.
Ao todo, 400 delegações, de países, ONGs ou empresas, fizeram 1,5 mil propostas e promessas para melhorar a ajuda humanitária, disse Ban, que ressaltou que "o dinheiro que tentamos mobilizar é 1% da despesa militar anual mundial".
"O desenvolvimento sustentável e a mudança climática também necessitam amplos investimentos. Espero que os líderes do G7 entendam. Não puderam participar, mas espero que se comprometam mais na implementação", reiterou Ban.
"Peço a todos os líderes para que deem esses passos. A ausência desses líderes não é uma desculpa para não entrar em ação. Eles têm responsabilidade", argumentou o diplomata.