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Bahrein suspende todos os voos com destino e origem pro Irã

O Departamento de Aviação Civil explicou em comunicado que esta decisão foi tomada pela ruptura de relações diplomáticas entre os dois países


	Bahrein: a Arábia Saudita também suspendeu indefinidamente na segunda-feira seus voos com destino e origem no Irãf
 (Hamad I Mohammed / Reuters)

Bahrein: a Arábia Saudita também suspendeu indefinidamente na segunda-feira seus voos com destino e origem no Irãf (Hamad I Mohammed / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 5 de janeiro de 2016 às 13h56.

Manama - O governo de Bahrein suspendeu nesta terça-feira todos seus voos com destino e origem no Irã, informou a agência oficial de notícias "BNA".

O Departamento de Aviação Civil, vinculado ao Ministério de Comunicação e Transporte, explicou em comunicado que esta decisão foi tomada pela ruptura de relações diplomáticas entre os dois países anunciada ontem pelo Executivo bareinita.

A Arábia Saudita também suspendeu indefinidamente na segunda-feira seus voos com destino e origem no Irã, após romper relações diplomáticas pelo ataque contra sua embaixada em Teerã e um consulado, uma reação contra a execução, no sábado, do clérigo xiita Nimr Baqir al Nimr.

A nota acrescentou que a Aviação Nacional tomará todas as medidas necessárias para não prejudicar os viajantes que já tinham passagens compradas.

Os governos de Bahrein e Sudão se somaram na segunda-feira à decisão saudita de romper relações com Teerã, enquanto o dos Emirados Árabes Unidos diminuiu sua representação diplomática no Irã em solidariedade a Riad e limitou sua presença oficial no país ao nível de encarregado de negócios.

Na mesma linha, o governo do Kuwait chamou hoje para consultas seu embaixador em Teerã.

Al Nimr foi executado junto com outros 46 condenados por terrorismo, entre eles sunitas radicais e alguns destacados membros da Al Qaeda, mas também ativistas xiitas.

A morte de Al Nimr levantou uma onda de críticas e condenações da comunidade internacional, incluindo União Europeia e ONU, mas especialmente da xiita no Oriente Médio, e distúrbios nos países com população xiita, como Bahrein, e na província saudita de Al Qatif, de onde era Al Nimr.

Os países árabes do Golfo Pérsico acusaram reiteradamente o Irã de interferir em seus assuntos internos e de apoiar a oposição xiita, que pede mais direitos e igualdade, e que costuma ser reprimida pelas autoridades sunitas.

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