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Bagdá anuncia novas sanções contra Curdistão iraquiano

Entre as medidas, a Justiça foi acionada para tratar os casos de "funcionários públicos do Curdistão que participaram da organização do referendo"

Curdistão: exatamente duas semanas após a vitória do "sim" durante esta consulta, a crise se acentua entre Erbil e Bagdá (Ari Jalal/Reuters)
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AFP

Publicado em 9 de outubro de 2017 às 11h19.

Bagdá anunciou nesta segunda-feira (9) novas medidas de retaliação econômica e judicial contra o Curdistão iraquiano , após a realização de seu referendo de independência, considerado ilegal pelo governo federal.

Exatamente duas semanas após a vitória do "sim" durante esta consulta, a crise se acentua entre Erbil e Bagdá.

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O Conselho de Segurança Nacional, presidido pelo primeiro-ministro Haider al-Abadi e composto por alguns ministros, anunciou novas sanções contra a região autônoma, já isolada do mundo pela proibição de voos internacionais e ameaças turcas e iranianas de fechar as fronteiras para o comércio de petróleo.

O Conselho afirma, em uma declaração, que a Comissão encarregada da supervisão financeira está investigando as receitas do petróleo e as autoridades curdas que possam ter se aproveitado. "Os corruptos serão desmascarados e os fundos recuperados", adverte o texto.

Além disso, a Justiça foi acionada para tratar os casos de "funcionários públicos do Curdistão que participaram da organização do referendo violando assim as decisões judiciais", acrescenta o comunicado.

"Uma lista de nomes foi estabelecida e medidas judiciais foram tomadas contra eles", diz o comunicado.

Enquanto isso, as autoridades federais, que exigem recuperar o controle das fronteiras e dos aeroportos do Curdistão, também querem o controle das empresas de telefonia móvel. Duas das maiores do Iraque estão no Curdistão.

O Conselho reitera ainda o seu apelo a Ancara e Teerã a "lidar apenas com o governo central sobre a questão dos postos fronteiriços".

O Iraque também exorta os dois países a "parar todo comércio, incluindo de hidrocarbonetos, com a região autônoma, porque esta questão só deve ser tratada com o governo central".

A declaração acrescenta que "outras medidas e decisões foram tomadas", sem dar mais detalhes.

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