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Bachelet: igualdade de sexos será tema crucial na Rio+20

Durante um fórum sobre liderança das mulheres realizado nesta sexta em Quito, a ex-presidente chilena apontou que sem a participação feminina não há sustentabilidade

Bachelet chegou a Quito na quarta-feira, onde se reuniu com o presidente equatoriano, Rafael Correa, e no sábado viajará ao Brasil para participar da Conferência Rio+20 (Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)
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Da Redação

Publicado em 15 de junho de 2012 às 18h02.

Quito - A igualdade entre os sexos e a capacitação das mulheres serão temas fundamentais nas discussões durante a Conferência da ONU sobre o Desenvolvimento Sustentável ( Rio+20 ), assegurou nesta sexta-feira a secretária-geral das Nações Unidas e diretora-executiva da ONU Mulheres, Michelle Bachelet.

Durante um fórum sobre liderança das mulheres realizado nesta sexta em Quito, a ex-presidente chilena apontou que sem a participação feminina não se pode enfrentar o desafio de um planeta mais sustentável, de uma economia mais justa e mais equitativa e da erradicação da pobreza.

Bachelet adiantou que a ONU Mulheres apontará no Rio de Janeiro para a necessidade de "integrar plenamente a igualdade de gênero e a capacitação das mulheres em qualquer marco institucional de desenvolvimento internacional".

A organização também pedirá medidas "urgentes" para acelerar a plena participação da mulher em todos os postos de tomada de decisão e para assegurar que todas as políticas, leis, orçamentos e investimentos para o desenvolvimento sustentável "sejam sensíveis às questões de gênero".

Além disso, Bachelet comentou que serão abordados os fatores que impedem que as mulheres tenham acesso a bens e a recursos produtivos e os meios de eliminar as barreiras discriminatórias que elas enfrentam.


Da mesma maneira, a ONU Mulheres pedirá no Rio garantias aos direitos à saúde sexual e reprodutiva, e o acesso a serviços básicos.

A ex-presidente chilena assinalou que na região os avanços em igualdade entre os sexos foram "grandes". No entanto, Bachelet frisou que continuam existindo "agudas deficiências" na participação política das mulheres e no fortalecimento econômico.

Bachelet lembrou que na região há cinco chefes de Estado que são mulheres, "mas que apesar disso a participação feminina na tomada de decisões para o desenvolvimento sustentável continua sendo profundamente desigual".

Na maioria dos países há menos mulheres que homens à frente dos ministérios, e as ministras ocupam, em grande parte, pastas sociais e culturais, disse.

A representante da ONU assegurou que a conferência no Rio é uma "oportunidade" para reafirmar que o desenvolvimento sustentável "só será possível se for inclusivo".

As mulheres têm direito de escolher, mas também de serem escolhidas, de estar em lugares onde se tomam as decisões. "Caso contrário, é uma meia democracia", expressou Bachelet, arrancando aplausos de um público majoritariamente feminino.

Bachelet chegou a Quito na quarta-feira, onde se reuniu com o presidente equatoriano, Rafael Correa, e no sábado viajará ao Brasil para participar da Conferência Rio+20.

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Quito - A igualdade entre os sexos e a capacitação das mulheres serão temas fundamentais nas discussões durante a Conferência da ONU sobre o Desenvolvimento Sustentável ( Rio+20 ), assegurou nesta sexta-feira a secretária-geral das Nações Unidas e diretora-executiva da ONU Mulheres, Michelle Bachelet.

Durante um fórum sobre liderança das mulheres realizado nesta sexta em Quito, a ex-presidente chilena apontou que sem a participação feminina não se pode enfrentar o desafio de um planeta mais sustentável, de uma economia mais justa e mais equitativa e da erradicação da pobreza.

Bachelet adiantou que a ONU Mulheres apontará no Rio de Janeiro para a necessidade de "integrar plenamente a igualdade de gênero e a capacitação das mulheres em qualquer marco institucional de desenvolvimento internacional".

A organização também pedirá medidas "urgentes" para acelerar a plena participação da mulher em todos os postos de tomada de decisão e para assegurar que todas as políticas, leis, orçamentos e investimentos para o desenvolvimento sustentável "sejam sensíveis às questões de gênero".

Além disso, Bachelet comentou que serão abordados os fatores que impedem que as mulheres tenham acesso a bens e a recursos produtivos e os meios de eliminar as barreiras discriminatórias que elas enfrentam.


Da mesma maneira, a ONU Mulheres pedirá no Rio garantias aos direitos à saúde sexual e reprodutiva, e o acesso a serviços básicos.

A ex-presidente chilena assinalou que na região os avanços em igualdade entre os sexos foram "grandes". No entanto, Bachelet frisou que continuam existindo "agudas deficiências" na participação política das mulheres e no fortalecimento econômico.

Bachelet lembrou que na região há cinco chefes de Estado que são mulheres, "mas que apesar disso a participação feminina na tomada de decisões para o desenvolvimento sustentável continua sendo profundamente desigual".

Na maioria dos países há menos mulheres que homens à frente dos ministérios, e as ministras ocupam, em grande parte, pastas sociais e culturais, disse.

A representante da ONU assegurou que a conferência no Rio é uma "oportunidade" para reafirmar que o desenvolvimento sustentável "só será possível se for inclusivo".

As mulheres têm direito de escolher, mas também de serem escolhidas, de estar em lugares onde se tomam as decisões. "Caso contrário, é uma meia democracia", expressou Bachelet, arrancando aplausos de um público majoritariamente feminino.

Bachelet chegou a Quito na quarta-feira, onde se reuniu com o presidente equatoriano, Rafael Correa, e no sábado viajará ao Brasil para participar da Conferência Rio+20.

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