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Azerbaijão derruba helicóptero militar armênio

O exército do azerbaijano derrubou helicóptero das forças separatistas de Nagorno Karabakh, região armênia cuja soberania é disputada por ambos os países


	Baku, Azerbaijão: segundo comunicado oficial, a aeronave atacou as posições do exército azerbaijano
 (Wikimedia Commons)

Baku, Azerbaijão: segundo comunicado oficial, a aeronave atacou as posições do exército azerbaijano (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 12 de novembro de 2014 às 12h40.

Baku  - O exército do Azerbaijão derrubou nesta quarta-feira um helicóptero militar MI-24 das forças separatistas de Nagorno Karabakh, região armênia cuja soberania é disputada por ambos os países desde 1988, informou o Ministério da Defesa.

Segundo o comunicado oficial do órgão, a aeronave atacou as posições do exército azerbaijano na linha de separação às 12h45 (7h45 em Brasília), por isso foi abatido pelas baterias antiaéreas.

"Ao efetuar uma manobra, a aviação inimiga tomou rumo de ataque, tentando atacar as nossas posições", informou a nota militar.

Aparentemente, o helicóptero caiu a 500 metros da linha de separação, do lado azerbaijano da região de Agdam ocupada pelas forças separatistas desde o cessar-fogo de 1994.

"Durante os últimos exercícios militares realizados pelas Forças Armadas da Armênia, a aviação inimiga passou três dias efetuando voos de caráter provocativo na zona divisória à frente", acrescentou o texto.

Para o governo do Azerbaijão, se não há autorização oficial, todo aparelho que sobrevoe as zonas ocupadas pelos separatistas e o território de Nagorno Karabakh está violando o seu espaço aéreo.

Segundo os dados preliminares divulgados pela imprensa armênia, três tripulantes morreram. Enquanto isso, as autoridades separatistas de Nagorno Karabakh informaram que seu helicóptero participava de um exercício de instrução. Embora tenham reconhecido que o MI-24 sobrevoava uma zona muito próxima à linha divisória, as autoridades separatistas acusaram à parte azerbaijana de violar o cessar-fogo.

Segundo fontes, este incidente é considerado o mais grave com participação da aviação militar ocorrido nos últimos 20 anos na região, uma das mais militarizadas do mundo.

Diariamente, franco-atiradores localizados em ambos os lados da fronteira disparam contra alvos em território inimigo, deixando, anualmente, um número indeterminado de soldados mortos.

Recentemente, os presidentes da Armênia, Serge Sargsian, e do Azerbaijão, Ilham Aliyev, retomaram o diálogo sobre Nagorno Karabakh durante uma cúpula organizada em Paris pelo presidente francês, François Hollande.

O conflito entre os dois países vizinhos remonta os tempos da antiga União Soviética, quando o território azerbaijano de Nagorno Karabakh pediu incorporação à Armênia, provocando uma sangrenta guerra que causou 25 mil mortes.

As tropas de ambos os países ocupam toda a região e outros sete distritos, que se uniram à Armênia e criaram uma "faixa de segurança" que representa um terço do território azerbaijano.

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