Exame Logo

Auxiliar de enfermagem com ebola recebe alta na Espanha

A auxiliar de enfermagem espanhola infectada com ebola deixará o hospital hoje

Hospital em Madri: Teresa Romero foi a primeira pessoa infectada com ebola fora do continente africano (Andrea Comas/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 5 de novembro de 2014 às 09h32.

Madri - A auxiliar de enfermagem espanhola que foi a primeira pessoa infectada com ebola fora do continente africano deixará nesta quarta-feira o hospital de Madri, onde superou a doença e recebeu alta depois de um mês internada.

"Teresa Romero, paciente e profissional de nosso hospital, receberá alta, o que significa uma grande notícia depois de um mês muito complicado para todos nós", anunciou o diretor do hospital Carlos III, Rafael Pérez-Santamaría.

Romero, de 44 anos e que foi internada em 6 de outubro, foi infectada depois de participar no atendimento a um missionário espanhol afetado pela febre hemorrágica, repatriado de Serra Leoa em 22 de setembro e que faleceu três dias depois.

A auxiliar também esta na equipe que atendeu um primeiro missionário repatriado com ebola da Libéria, que faleceu em 12 de agosto.

"Não há vestígio do vírus em seu organismo", disse o diretor da unidade de doenças infecciosas, José Ramón Arribas.

"Ela pode ter uma vida completamente normal", completou.

Mas o médico lembrou que Teresa passou 30 dias no hospital por uma infecção muito grave e ainda levará algum tempo para se recuperar totalmente.

O caso de Teresa e a quarentena exigida a 15 pessoas que tiveram contato direto com ela provocaram medo na Espanha, algo que os médicos tentaram desativar com uma mensagem de tranquilidade.

A doença também provocou um debate sobre as supostas medidas insuficientes de prevenção que colocaram trabalhadores do setor da saúde em perigo por contato com o vírus ebola.

O vírus ebola tem um índice de mortalidade de 70%. Ao lado da tragédia, o fotógrafo John Moore decidiu retratar os raros sobreviventes da doença na Libéria, o país mais afetado pela epidemia. Na foto, Jeremra Cooper, 16, enxuga o rosto do calor, enquanto espera na seção de baixo risco dos Médicos Sem Fronteiras (MSF), em Paynesville, Libéria. O aluno da 8 ª série disse que perdeu seis familiares para a epidemia de Ebola antes de ficar doente e de ser enviado para o centro dos MSF, onde ele se recuperou após um mês.
  • 2. Mohammed Wah, 23

    2 /15(John Moore/Getty Images)

  • Veja também

    O trabalhador da construção civil diz que o Ebola matou cinco membros de sua família e que ele acha que contraiu a doença enquanto cuidava de seu sobrinho.
  • 3. Varney Taylor, 26

    3 /15(John Moore/Getty Images)

  • Perdeu três membros da família para a doença e acredita que contraiu Ebola enquanto carregava o corpo de sua tia após a morte dela.
  • 4. Benetha Coleman, 24

    4 /15(John Moore/Getty Images)

    Seu marido e dois filhos morreram em decorrência da doença.
  • 5. Victoria Masah, 28

    5 /15(John Moore/Getty Images)

    Seu marido e dois filhos morreram por causa do ebola.
  • 6. Eric Forkpa, 23

    6 /15(John Moore/Getty Images)

    O estudante de engenharia civil, disse que acha que pegou ebola enquanto cuidava de seu tio doente. Ele passou 18 dias no centro dos MSF se recuperando do vírus.
  • 7. Emanuel Jolo, 19

    7 /15(John Moore/Getty Images)

    O estudante do ensino médio perdeu seis membros da família e acredita que contraiu a doença enquanto lavava o corpo de seu pai, que morreu de Ebola.
  • 8. James Mulbah, 2

    8 /15(John Moore/Getty Images)

    O garotinho posa para a foto enquanto é segurado pela mãe, que também se recuperou do ebola.
  • 9. John Massani, 27

    9 /15(John Moore/Getty Images)

    Trabalhador da construção civil, ele acredita que pegou a doença enquanto carregava o corpo de um parente. Ele perdeu seis familiares por causa do ebola.
  • 10. Mohammed Bah, 39

    10 /15(John Moore/Getty Images)

    Bah, que trabalha como motorista, perdeu a mulher, a mãe, o pai e a irmã para o ebola.
  • 11. Vavila Godoa, 43

    11 /15(John Moore/Getty Images)

    O alfaiate diz que o estigma de ter tido Ebola é algo difícil. Ele perdeu todos os seus clientes devido ao medo. "Eles não vêm mais", afirma. Ele acredita que pegou Ebola enquanto cuidava de sua esposa doente.
  • 12. Ami Subah, 39

    12 /15(John Moore/Getty Images)

    Subah, uma parteira, acha que pegou ebola quando fez o parto de um bebé de uma mãe doente. O menino, segundo ela, sobreviveu, mas a mãe morreu. Ela diz que não teve trabalho desde sua recuperação, devido ao estigma de ter tido Ebola. "Não me deixam nem tirar água do poço comunitário", afirma.
  • 13. Peters Roberts, 22

    13 /15(John Moore/Getty Images)

    O aluno do 11º ano perdeu uma irmã, o tio e um primo para o Ebola. Ele acredita que contraiu a doença enquanto cuidava de seu tio.
  • 14. Anthony Naileh, 46, e Bendu Naileh, 34

    14 /15(John Moore/Getty Images)

    Anthony disse que é um estenógrafo no Senado liberiano e planeja voltar a trabalhar na sessão de janeiro. Bendu, uma enfermeira, acha que pegou ebola após colocar as mãos em posição de oração ao rezar por um sobrinho que tinha a doença. Em seguida, ela adoeceu e seu marido cuidou dela.
  • 15. Moses Lansanah, 30

    15 /15(John Moore/Getty Images)

    O trabalhador da construção civil perdeu sua noiva Amifete, com então 22 anos, que estava grávida de 9 meses do seu filho.
  • Acompanhe tudo sobre:DoençasEbolaEpidemiasEspanhaEuropaPiigs

    Mais lidas

    exame no whatsapp

    Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

    Inscreva-se

    Mais de Mundo

    Mais na Exame