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Autoridades oferecem US$ 163 mil por terroristas na China

Recompensa será para quem oferecer pistas para captura e desarticulação de grupos terroristas na província de Xinjiang


	A região chinesa de Xinjiang: recompensa servirá "para encorajar a denúncia e a revelação de atos terroristas", explicam autoridades
 (Marianne Barriaux/AFP)

A região chinesa de Xinjiang: recompensa servirá "para encorajar a denúncia e a revelação de atos terroristas", explicam autoridades (Marianne Barriaux/AFP)

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Da Redação

Publicado em 2 de julho de 2013 às 09h05.

Pequim - As autoridades da província chinesa de Xinjiang anunciaram nesta terça-feira uma recompensa de até US$ 163 mil para quem oferecer pistas para a captura e desarticulação de grupos terroristas, depois que 35 pessoas morreram em ataques violentos nesta mesma província, segundo números oficiais.

"A violência e o terrorismo são atividades criminosas. Aqueles que cometem esses atos são inimigos de todas as civilizações e etnias", diz o documento emitido pelo governo de Xinjiang e que foi divulgado hoje pela imprensa chinesa.

A recompensa, entre US$ 81,5 mil e US$ 163 mil, servirá "para encorajar a denúncia e a revelação de atos terroristas", explicam as autoridades, que também disseram que lutar contra o terrorismo "é um dever e uma responsabilidade de todo cidadão".

Além disso, o Departamento de Segurança Pública de Xinjiang garante a proteção e o sigilo dos denunciantes.

Segundo o departamento provincial, aqueles que protegerem, esconderem ou ajudarem os grupos terroristas "serão investigados e responsabilizados criminalmente"

Também foi divulgado que serão premiados com "penas reduzidas ou brandas" aqueles que se renderem ou se entregarem à polícia por vontade própria por "contribuição à sociedade apesar de seus erros".


Desde a última quarta-feira, após os distúrbios em Xinjiang entre a polícia chinesa e cidadãos nos quais, segundo números oficiais, morreram 35 pessoas - organizações de direitos humanos estimam que o número de mortos seja de 46 pessoas - as autoridades chinesas ordenaram 24 horas de vigilância policial na região autônoma.

Além disso, funcionários chineses de alta categoria, entre eles Yu Zhengsheng, um dos sete membros do Comitê Permanente - maior órgão de poder do Partido Comunista da China (PCCh) -, se deslocaram até Xinjiang para desenhar um plano para reforçar a segurança na região.

Ao mesmo tempo, o governo chinês adotou dois acordos para a cooperação antiterrorista entre os membros da Organização de Cooperação de Xangai (SCO), com ênfase na região noroeste da China.

Os incidentes aconteceram pouco antes de serem completados quatro anos do pior conflito deste tipo na China, quando morreram 200 pessoas em diversos protestos de uigures nas principais ruas de Urumqi, a capital de Xinjiang, no dia 5 de julho de 2009.

Xinjiang é uma das regiões da China, junto com o Tibete, onde são frequentes as tensões entre minorias como os uigures e colonos da etnia han.

Os uigures denunciam através de organizações no exílio, como a Associação Americana de Uigures, que são vítimas da repressão política e religiosa por parte do governo chinês.

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