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Autora de abusos em Abu Ghraib diz não se arrepender

A mulher, hoje com 29 anos, foi afastada do Exército após ser condenada a três anos de prisão pelas torturas que infligiu a prisioneiros iraquianos

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 19 de março de 2012 às 18h34.

Washington - A ex-militar americana Lynndie England, símbolo do escândalo provocado por abusos contra presos na penitenciária iraquiana de Abu Ghraib, em 2004, que abalou a imagem dos Estados Unidos , disse não sentir compaixão por suas vítimas, segundo entrevista divulgada na edição eletrônica do jornal The Daily.

A mulher, hoje com 29 anos, foi afastada do Exército após ser condenada a três anos de prisão pelas torturas que infligiu a prisioneiros iraquianos na penitenciária situada na base de Abu Ghraib.

England foi entrevistada dias depois do massacre de 16 civis afegãos, atribuído a um sargento americano e que representa, para o jornal, um evento que pode marcar no Afeganistão uma ruptura similar à causada pelo escândalo em Abu Ghraib durante a guerra no Iraque.

Na entrevista, a ex-militar, uma mãe solteira e desempregada que voltou para a casa do pai no estado de Virgínia Ocidental e que diz sentir saudades do Exército, afirmou não sentir qualquer arrependimento do que fez aos seus prisioneiros.

"A vida deles está melhor. Ficaram com a melhor parte no final", afirmou England, citada pelo periódico. "Eles não eram inocentes. Estavam tentando nos matar e você quer que eu peça perdão a eles? É como dizer sinto muito ao inimigo", afirmou.

Em 2004, a foto da jovem, então com 22 anos, sorridente e submetendo com uma corda um prisioneiro deitado no chão, deu a volta ao mundo. Em outras imagens ela aparecia com olhar inexpressivo, posando diante de presos algemados, ameaçados por cães, obrigados a se masturbar ou empilhados como se fossem objetos.

O então presidente americano George W. Bush reconheceu que o escândalo havia "coberto de vergonha" os Estados Unidos e representava "o maior erro" das forças americanas no Iraque, país de onde as tropas americanas saíram no fim do ano passado.

A única coisa que England disse lamentar foi a publicidade feita sobre seus atos, que levou à morte de americanos em ações de represália. "Todos os dias penso nessas mortes que eu causei indiretamente", nessa "gente do nosso lado que morreu porque eu apareço em uma foto", afirmou.

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A mulher, hoje com 29 anos, foi afastada do Exército após ser condenada a três anos de prisão pelas torturas que infligiu a prisioneiros iraquianos na penitenciária situada na base de Abu Ghraib.

England foi entrevistada dias depois do massacre de 16 civis afegãos, atribuído a um sargento americano e que representa, para o jornal, um evento que pode marcar no Afeganistão uma ruptura similar à causada pelo escândalo em Abu Ghraib durante a guerra no Iraque.

Na entrevista, a ex-militar, uma mãe solteira e desempregada que voltou para a casa do pai no estado de Virgínia Ocidental e que diz sentir saudades do Exército, afirmou não sentir qualquer arrependimento do que fez aos seus prisioneiros.

"A vida deles está melhor. Ficaram com a melhor parte no final", afirmou England, citada pelo periódico. "Eles não eram inocentes. Estavam tentando nos matar e você quer que eu peça perdão a eles? É como dizer sinto muito ao inimigo", afirmou.

Em 2004, a foto da jovem, então com 22 anos, sorridente e submetendo com uma corda um prisioneiro deitado no chão, deu a volta ao mundo. Em outras imagens ela aparecia com olhar inexpressivo, posando diante de presos algemados, ameaçados por cães, obrigados a se masturbar ou empilhados como se fossem objetos.

O então presidente americano George W. Bush reconheceu que o escândalo havia "coberto de vergonha" os Estados Unidos e representava "o maior erro" das forças americanas no Iraque, país de onde as tropas americanas saíram no fim do ano passado.

A única coisa que England disse lamentar foi a publicidade feita sobre seus atos, que levou à morte de americanos em ações de represália. "Todos os dias penso nessas mortes que eu causei indiretamente", nessa "gente do nosso lado que morreu porque eu apareço em uma foto", afirmou.

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