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Autor do massacre foi libertado apesar de histórico criminal

O homem que assassinou cinco pessoas na Bélgica tinha sido libertado no ano passado contra a opinião da prisão onde cumpria pena e da procuradoria

A polícia cerca a Praça de Saint-Lambert, em Liége, depois do tiroteio: Amrani foi libertado após ter cumprido pouco menos da metade da condenação de 42 meses de prisão (Michel Krakowski/AFP)
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Da Redação

Publicado em 16 de dezembro de 2011 às 10h11.

Bruxelas - O autor do massacre de Liège, que assassinou na terça-feira cinco pessoas e deixou mais de 100 feridos, tinha sido libertado no ano passado contra a opinião da prisão onde cumpria pena e da procuradoria.

Nordine Amrani, de 33 anos e com um amplo histórico criminal, comoveu a Bélgica na terça-feira, ao abrir fogo e lançar três granadas de forma indiscriminada em uma das principais praças de Liège.

Ao número de mortos é preciso somar o próprio Amrani, que se suicidou com um disparo de revólver, e uma mulher encontrada morta na sua casa, que teria sido assassinada momentos antes do massacre da Praça Saint Lambert.

A imprensa belga destaca nesta sexta-feira que Amrani não devia ter sido posto em liberdade condicional, já que tanto a direção da prisão de Marneffe (localidade do sudeste do país), como a procuradoria consideravam que não havia garantias suficientes de que ele não voltaria a cometer outros crimes.

A procuradoria defendeu então que Amrani fosse submetido a vigilância eletrônica, uma opção respaldada pela direção da penitenciária, mas ele acabou ganhando a liberdade condicional em outubro de 2010, graças a um relatório psiquiátrico positivo, informa a agência de notícias 'Belga'.

No entanto, o advogado de Amrani, Jean-François Dister, afirmou que durante a audiência na qual foi decidida a sua libertação, a procuradoria não se opôs à condicional.


Amrani foi libertado após ter cumprido pouco menos da metade da condenação de 42 meses de prisão, sentença que recebeu em 2009 por tráfico de entorpecentes.

No total, cinco pessoas morreram na Praça Saint Lambert: o agressor, um jovem de 15 anos que morreu no ataque e outras três vítimas que morreram posteriormente em decorrência dos ferimentos (um bebê de 17 meses, um estudante de 17 anos e uma idosa de 75).

Na quinta-feira aconteceu a autópsia da sexta vítima, uma empregada doméstica que teria sido enganada por Amrani com o pretexto de uma oferta de trabalho em sua casa, onde foi assassinada com um tiro na cabeça.

Cerca de 30 feridos continuam internados no hospital, dos quais pelo menos quatro estão em terapia intensiva, entre eles um jovem de 20 anos.

A investigação continua seu curso para esclarecer os motivos que levaram Amrani a realizar o massacre, enquanto ganha força a teoria de que se tratou de um ato friamente calculado.

Uma manifestação em repulsa pelo atentado e em lembrança às vítimas percorrerá as ruas de Liège neste sábado, um percurso que começará na tristemente célebre Praça Saint Lambert para se dirigir até o hospital de St Joseph, onde morreu o bebê.

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Bruxelas - O autor do massacre de Liège, que assassinou na terça-feira cinco pessoas e deixou mais de 100 feridos, tinha sido libertado no ano passado contra a opinião da prisão onde cumpria pena e da procuradoria.

Nordine Amrani, de 33 anos e com um amplo histórico criminal, comoveu a Bélgica na terça-feira, ao abrir fogo e lançar três granadas de forma indiscriminada em uma das principais praças de Liège.

Ao número de mortos é preciso somar o próprio Amrani, que se suicidou com um disparo de revólver, e uma mulher encontrada morta na sua casa, que teria sido assassinada momentos antes do massacre da Praça Saint Lambert.

A imprensa belga destaca nesta sexta-feira que Amrani não devia ter sido posto em liberdade condicional, já que tanto a direção da prisão de Marneffe (localidade do sudeste do país), como a procuradoria consideravam que não havia garantias suficientes de que ele não voltaria a cometer outros crimes.

A procuradoria defendeu então que Amrani fosse submetido a vigilância eletrônica, uma opção respaldada pela direção da penitenciária, mas ele acabou ganhando a liberdade condicional em outubro de 2010, graças a um relatório psiquiátrico positivo, informa a agência de notícias 'Belga'.

No entanto, o advogado de Amrani, Jean-François Dister, afirmou que durante a audiência na qual foi decidida a sua libertação, a procuradoria não se opôs à condicional.


Amrani foi libertado após ter cumprido pouco menos da metade da condenação de 42 meses de prisão, sentença que recebeu em 2009 por tráfico de entorpecentes.

No total, cinco pessoas morreram na Praça Saint Lambert: o agressor, um jovem de 15 anos que morreu no ataque e outras três vítimas que morreram posteriormente em decorrência dos ferimentos (um bebê de 17 meses, um estudante de 17 anos e uma idosa de 75).

Na quinta-feira aconteceu a autópsia da sexta vítima, uma empregada doméstica que teria sido enganada por Amrani com o pretexto de uma oferta de trabalho em sua casa, onde foi assassinada com um tiro na cabeça.

Cerca de 30 feridos continuam internados no hospital, dos quais pelo menos quatro estão em terapia intensiva, entre eles um jovem de 20 anos.

A investigação continua seu curso para esclarecer os motivos que levaram Amrani a realizar o massacre, enquanto ganha força a teoria de que se tratou de um ato friamente calculado.

Uma manifestação em repulsa pelo atentado e em lembrança às vítimas percorrerá as ruas de Liège neste sábado, um percurso que começará na tristemente célebre Praça Saint Lambert para se dirigir até o hospital de St Joseph, onde morreu o bebê.

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