Autor do massacre de Nice se radicalizou de forma rápida
Mohamed Lahouaiej Bouhlel cometeu o atentado que matou 84 pessoas na última quinta-feira
Da Redação
Publicado em 16 de julho de 2016 às 17h54.
Nice - Mohamed Lahouaiej Bouhlel, autor do massacre de Nice, não tinha dado sinais de extremismo religioso a pessoas próximas, mas se radicalizou de forma rápida até cometer o atentado que matou 84 pessoas na última quinta-feira, reivindicado neste sábado pelo Estado Islâmico (EI) como obra de um de seus "soldados".
Descrito como introvertido e até mal educado, mulherengo e quase viciado em sexo , que não ia à mesquita e nem respeitava os preceitos do islã, Boulhel entrou em contato com círculos radicais que o converteram de forma rápida, explicou aos investigadores franceses um dos cinco presos após o atentado.
O ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, reiterou que o tunisiano, de 31 anos, pai de três filhos, e que trabalhava como entregador, não tinha dado sinais de aproximação com jihadistas.
Mas os agentes conseguiram determinar que ele se "radicalizou muito rapidamente" até começar a seguir os preceitos do EI, que preconiza ações terroristas contra os países que participam da coalizão internacional que combate o grupo na Síria e no Iraque .
O ministro de Defesa, Jean-Yves Le Drian, reconheceu na ação de Boulhel a "inspiração que o EI insufla em mentes debilitadas" por meio de constantes mensagens que lança para "atacar franceses, principalmente, e americanos, através de qualquer meio".
A França encontrou na reivindicação do atentado pelo EI e nos depoimentos da rápida radicalização do tunisiano o respaldo à tese de que o atentado de Nice tinha inspiração jihadista.
A hipótese tinha sido colocada em dúvida pelos vários testemunhos que situavam Boulhel afastado do fanatismo religioso e que o descreviam como um mulherengo, viciado em musculação, amante do álcool e dançarino de salsa.
Cazeneuve, que participou de uma reunião com os ministros de Segurança e Defesa no Palácio do Eliseu hoje, afirmou que o atentado de Nice abre uma nova perspectiva na luta contra o terrorismo, já que é mais difícil identificar os potenciais autores.
O autor do massacre de Nice não precisou montar um arsenal de armas e explosivos para cometer o atentado que, até o momento, provocou a morte de 84 pessoas. Usou algo banal - um caminhão frigorífico - com o qual burlou a segurança que rodeava a avenida beira-mar de Nice e invadiu a tradicional festa do Dia da Bastilha.
Boulehl tinha premeditado o ataque, já que alugou o caminhão três dias antes. Além disso, tinha intenção de matar, fato mostrado por ter conduzido o veículo em zigue-zague para atropelar o maior número de pessoas possível.
Os investigadores franceses continuam analisando os materiais apreendidos no caminhão e nos domicílios de Boulhel - um, onde vivia sozinho, e outro, onde morou com sua ex-mulher até 2014.
Cinco pessoas, entre elas a ex-mulher, seguem sendo interrogadas pelas autoridades francesas em busca de novos elementos que possam esclarecer o ataque. Um deles, segundo a emissora "BFMTV", foi identificado pelas fotos que Boulhel tinha no celular achado na cabine do caminhão. Foi ele quem falou aos agentes sobre a rápida radicalização do autor do massacre.
Nice - Mohamed Lahouaiej Bouhlel, autor do massacre de Nice, não tinha dado sinais de extremismo religioso a pessoas próximas, mas se radicalizou de forma rápida até cometer o atentado que matou 84 pessoas na última quinta-feira, reivindicado neste sábado pelo Estado Islâmico (EI) como obra de um de seus "soldados".
Descrito como introvertido e até mal educado, mulherengo e quase viciado em sexo , que não ia à mesquita e nem respeitava os preceitos do islã, Boulhel entrou em contato com círculos radicais que o converteram de forma rápida, explicou aos investigadores franceses um dos cinco presos após o atentado.
O ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, reiterou que o tunisiano, de 31 anos, pai de três filhos, e que trabalhava como entregador, não tinha dado sinais de aproximação com jihadistas.
Mas os agentes conseguiram determinar que ele se "radicalizou muito rapidamente" até começar a seguir os preceitos do EI, que preconiza ações terroristas contra os países que participam da coalizão internacional que combate o grupo na Síria e no Iraque .
O ministro de Defesa, Jean-Yves Le Drian, reconheceu na ação de Boulhel a "inspiração que o EI insufla em mentes debilitadas" por meio de constantes mensagens que lança para "atacar franceses, principalmente, e americanos, através de qualquer meio".
A França encontrou na reivindicação do atentado pelo EI e nos depoimentos da rápida radicalização do tunisiano o respaldo à tese de que o atentado de Nice tinha inspiração jihadista.
A hipótese tinha sido colocada em dúvida pelos vários testemunhos que situavam Boulhel afastado do fanatismo religioso e que o descreviam como um mulherengo, viciado em musculação, amante do álcool e dançarino de salsa.
Cazeneuve, que participou de uma reunião com os ministros de Segurança e Defesa no Palácio do Eliseu hoje, afirmou que o atentado de Nice abre uma nova perspectiva na luta contra o terrorismo, já que é mais difícil identificar os potenciais autores.
O autor do massacre de Nice não precisou montar um arsenal de armas e explosivos para cometer o atentado que, até o momento, provocou a morte de 84 pessoas. Usou algo banal - um caminhão frigorífico - com o qual burlou a segurança que rodeava a avenida beira-mar de Nice e invadiu a tradicional festa do Dia da Bastilha.
Boulehl tinha premeditado o ataque, já que alugou o caminhão três dias antes. Além disso, tinha intenção de matar, fato mostrado por ter conduzido o veículo em zigue-zague para atropelar o maior número de pessoas possível.
Os investigadores franceses continuam analisando os materiais apreendidos no caminhão e nos domicílios de Boulhel - um, onde vivia sozinho, e outro, onde morou com sua ex-mulher até 2014.
Cinco pessoas, entre elas a ex-mulher, seguem sendo interrogadas pelas autoridades francesas em busca de novos elementos que possam esclarecer o ataque. Um deles, segundo a emissora "BFMTV", foi identificado pelas fotos que Boulhel tinha no celular achado na cabine do caminhão. Foi ele quem falou aos agentes sobre a rápida radicalização do autor do massacre.