Mundo

Autor do massacre da Flórida sofria depressão e autismo

Em um caso aberto em setembro de 2016, o DCF qualificava Cruz como pessoa "vulnerável" com vários problemas mentais

Nikolas Cruz: a dúvida que resta durante o processo judicial é se Cruz será sentenciado à pena capital ou prisão perpétua (Broward County Sheriff/Handout/Reuters)

Nikolas Cruz: a dúvida que resta durante o processo judicial é se Cruz será sentenciado à pena capital ou prisão perpétua (Broward County Sheriff/Handout/Reuters)

E

EFE

Publicado em 19 de fevereiro de 2018 às 21h18.

Miami - O Departamento de Crianças e Famílias (DCF) da Flórida, nos Estados Unidos, publicará um documento sobre Nikolas Cruz, autor confesso do massacre de 17 pessoas em uma escola de Parkland na quarta-feira passada, no qual afirma que o jovem sofria depressão, déficit de atenção e autismo.

Em um caso aberto em setembro de 2016, o DCF qualificava Cruz como pessoa "vulnerável" com vários problemas mentais, o que levou os médicos a receitarem um ou mais remédios para essas desordens, segundo o relatório, informou nesta segunda-feira o jornal "The Miami Herald".

O advogado do DCF, John Jackson, pediu hoje à corte que publicasse o relatório sobre este caso de Cruz, de 19 anos, embora não revele se o departamento que representa tem outros documentos sobre o jovem, mas apenas que é o único desde que completou a maioridade.

Estes tipos de relatórios são confidenciais, mas tanto Jackson como o juiz que aprovou a sua publicação, Charles Greene, concordaram que, com seus atos, Cruz perdeu praticamente todo seu direito à intimidade, enquanto a defesa do jovem não se opôs a esta possibilidade.

Este relatório viria a fundamentar a postura da defesa de que as autoridades não deram atenção aos sistemáticos "pedidos de ajuda" de Cruz, de acordo com o advogado defensor Gordon Weeks.

Após confessar o crime, a dúvida que resta durante o processo judicial é se Cruz será sentenciado à pena capital ou prisão perpétua, e o estado da sua saúde mental será fundamental nesta decisão.

Durante os interrogatórios após o massacre, Cruz disse à polícia que escutou vozes na sua cabeça que lhe indicaram como cometer o ataque, vozes que foram descritas como "demônios", segundo informou a emissora "ABC News".

Depois que o DCF abriu este caso, o autor confesso do tiroteio na escola de ensino médio Marjory Stoneman Douglas perdeu sua mãe adotiva, após a morte anos antes do seu pai adotivo.

O jovem compareceu hoje perante outra juíza, Elizabeth Scherer, em uma audiência na qual se definiu que se tratou sobre o segredo de uma moção apresentada na sexta-feira passada pela defesa sem que se conheça o conteúdo da mesma.

O jovem, que permaneceu sem levantar o olhar da mesa e quase sem se movimentar, esteve acompanhado por seus dois representantes legais, que anteciparam sua intenção de pedir segredo para futuras moções.

Acompanhe tudo sobre:EscolasEstados Unidos (EUA)FlóridaMassacres

Mais de Mundo

Milei insiste em flexibilizar Mercosul para permitir acordos comerciais com outros países

Trump escolhe Stephen Miran para chefiar seu conselho de assessores econômicos

Trump afirma que declarará cartéis de drogas como organizações terroristas

Polícia da Zâmbia prende 2 “bruxos” por complô para enfeitiçar presidente do país