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Autópsia conclui que sequestrador de Cleveland se suicidou

Resultados da autópsia realizada no corpo de Ariel Castro, que sequestrou e estuprou durante uma década três mulheres, constatou que o criminoso se suicidou

Ariel Castro: causa da morte foi um suicídio por enforcamento, segundo legista (REUTERS/Aaron Josefczyk)
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Da Redação

Publicado em 4 de setembro de 2013 às 14h31.

Washington - Os resultados preliminares da autópsia realizada no corpo de Ariel Castro, que sequestrou e estuprou durante uma década três mulheres em Cleveland ( Estados Unidos ), constatou que o criminoso se suicidou ontem à noite em sua cela.

Jan Gorniak, legista do condado de Franklin, explicou hoje que a causa da morte de Castro, de 53 anos, foi um suicídio por enforcamento. Os resultados dos testes toxicológicos, no entanto, ainda não foram divulgados.

Castro foi encontrado ontem à noite enforcado em sua cela em uma prisão nos arredores de Columbus (Ohio), onde cumpria uma sentença de prisão perpétua sem liberdade condicional imposta em 1º de agosto.

Ao todo, Ariel Castro foi condenado a cerca de mil anos de prisão por homicídio qualificado ao induzir o aborto ao agredir uma de suas vítimas e a outras quase mil acusações, entre elas centenas de estupros.

Castro estava sendo bastante vigiado na prisão mas não tinha proteção contra o suicídio. Seu advogado, Craig Weintraub, revelou hoje que as autoridades penitenciárias rejeitaram há duas semanas um pedido para que um psicólogo examinasse as "tendências suicidas" de seu cliente.

O pedido, segundo Weintraub, foi feito em função de uma carta de 2004 na qual Castro fazia referências ao suicídio achada pelo FBI na casa de Cleveland onde ele manteve em cativeiro suas vítimas durante uma década.

A família de Castro "está devastada pela notícia", disse Weintraub à emissora "NBC". O advogado prometeu investigar até o fim as circunstâncias da morte de seu cliente porque ele é "um ser humano".

Por sua parte, John O"Brien, porta-voz do xerife do condado de Cuyahoga, disse hoje que Castro foi posto sob vigilância para evitar um possível suicídio após ele ser detido, mas após uma avaliação psicológica decidiu-se eliminar essa proteção.

O escritório de advocacia que representa as três vítimas de Castro, Michelle Knight, Amanda Berry e Gina DeJesus, informou que nenhuma delas nem suas famílias iriam dar declarações.


O prefeito de Cleveland, Frank Jackson, pediu que a imprensa e os cidadãos respeitem a privacidade das três mulheres para que possam "seguir adiante com suas vidas".

As vítimas foram sequestradas por Castro em 2002, 2003 e 2004, e recuperaram a liberdade em 6 de maio quando, em uma distração de seu sequestrador, Amanda conseguiu escapar do quarto em que estavam presas dentro de casa e gritar por socorro.

Um vizinho, Charles Ramsey, ajudou a jovem a abrir a porta da residência de Castro.

Amanda revelou então que na casa havia mais pessoas presas contra sua vontade: Michelle, Gina e sua própria filha, de seis anos de idade, fruto dos abusos de Castro.

Após o resgate os vizinhos se mostraram assombrados e disseram que em nenhum momento suspeitaram que Castro pudesse ser responsável por sequestros , dois dos quais, os de Gina e Amanda, eram bastante conhecidos pela comunidade.

O dia em que conheceu sua condenação Castro pediu perdão para suas vítimas. "Não sou um monstro. Estou doente. Acho que eu também sou uma vítima", afirmou.

Castro relatou que tinha sofrido abusos sexuais quando era jovem e falou também de sua dependência à pornografia. "Não estou tentando colocar desculpas. Sei que agi mal, mas não sou uma pessoa violenta", afirmou na época.

O sequestrador disse ainda que na casa onde manteve suas vítimas havia "harmonia" e que as acusações de abusos sexuais eram "falsas", já que, segundo ele, "muitas vezes" elas pediam para ter sexo.

Mas o juiz Michael J. Russo, foi categórico: "o senhor separou três mulheres de suas famílias e suas comunidades, tornou-as escravas e as tratou como se não fossem pessoas".

Uma de suas vítimas, Michelle, afirmou chorando neste dia que Castro "roubou" 11 anos de sua vida, que podia perdoar mas "nunca" esquecer e que seu algoz merecia passar o resto de sua vida na cadeia.

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Jan Gorniak, legista do condado de Franklin, explicou hoje que a causa da morte de Castro, de 53 anos, foi um suicídio por enforcamento. Os resultados dos testes toxicológicos, no entanto, ainda não foram divulgados.

Castro foi encontrado ontem à noite enforcado em sua cela em uma prisão nos arredores de Columbus (Ohio), onde cumpria uma sentença de prisão perpétua sem liberdade condicional imposta em 1º de agosto.

Ao todo, Ariel Castro foi condenado a cerca de mil anos de prisão por homicídio qualificado ao induzir o aborto ao agredir uma de suas vítimas e a outras quase mil acusações, entre elas centenas de estupros.

Castro estava sendo bastante vigiado na prisão mas não tinha proteção contra o suicídio. Seu advogado, Craig Weintraub, revelou hoje que as autoridades penitenciárias rejeitaram há duas semanas um pedido para que um psicólogo examinasse as "tendências suicidas" de seu cliente.

O pedido, segundo Weintraub, foi feito em função de uma carta de 2004 na qual Castro fazia referências ao suicídio achada pelo FBI na casa de Cleveland onde ele manteve em cativeiro suas vítimas durante uma década.

A família de Castro "está devastada pela notícia", disse Weintraub à emissora "NBC". O advogado prometeu investigar até o fim as circunstâncias da morte de seu cliente porque ele é "um ser humano".

Por sua parte, John O"Brien, porta-voz do xerife do condado de Cuyahoga, disse hoje que Castro foi posto sob vigilância para evitar um possível suicídio após ele ser detido, mas após uma avaliação psicológica decidiu-se eliminar essa proteção.

O escritório de advocacia que representa as três vítimas de Castro, Michelle Knight, Amanda Berry e Gina DeJesus, informou que nenhuma delas nem suas famílias iriam dar declarações.


O prefeito de Cleveland, Frank Jackson, pediu que a imprensa e os cidadãos respeitem a privacidade das três mulheres para que possam "seguir adiante com suas vidas".

As vítimas foram sequestradas por Castro em 2002, 2003 e 2004, e recuperaram a liberdade em 6 de maio quando, em uma distração de seu sequestrador, Amanda conseguiu escapar do quarto em que estavam presas dentro de casa e gritar por socorro.

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Após o resgate os vizinhos se mostraram assombrados e disseram que em nenhum momento suspeitaram que Castro pudesse ser responsável por sequestros , dois dos quais, os de Gina e Amanda, eram bastante conhecidos pela comunidade.

O dia em que conheceu sua condenação Castro pediu perdão para suas vítimas. "Não sou um monstro. Estou doente. Acho que eu também sou uma vítima", afirmou.

Castro relatou que tinha sofrido abusos sexuais quando era jovem e falou também de sua dependência à pornografia. "Não estou tentando colocar desculpas. Sei que agi mal, mas não sou uma pessoa violenta", afirmou na época.

O sequestrador disse ainda que na casa onde manteve suas vítimas havia "harmonia" e que as acusações de abusos sexuais eram "falsas", já que, segundo ele, "muitas vezes" elas pediam para ter sexo.

Mas o juiz Michael J. Russo, foi categórico: "o senhor separou três mulheres de suas famílias e suas comunidades, tornou-as escravas e as tratou como se não fossem pessoas".

Uma de suas vítimas, Michelle, afirmou chorando neste dia que Castro "roubou" 11 anos de sua vida, que podia perdoar mas "nunca" esquecer e que seu algoz merecia passar o resto de sua vida na cadeia.

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