Áustria construirá cerca para controlar fluxo de refugiados
A ministra mencionou ontem a possível construção de uma "barreira técnica", mas evitou a palavra "cerca"
Da Redação
Publicado em 28 de outubro de 2015 às 08h25.
Viena - A Áustria anunciou que levantará uma cerca em parte de sua fronteira com a Eslovênia para lidar com o fluxo dos milhares de refugiados que chegam ao país a cada dia, indicou a ministra do Interior, Johanna Mikl-Leitner.
A ministra mencionou ontem a possível construção de uma "barreira técnica", mas evitou a palavra "cerca", embora tenha reconhecido nesta quarta-feira que ela será levantada, não para fechar a fronteira, mas para permitir um trânsito ordenado.
"Trata-se de permitir um acesso (ao país) ordenado e controlado, não de fechar nossas fronteiras", garantiu Mikl-Leitner, em uma entrevista à rádio pública austríaca.
"Certamente se trata de uma cerca, mas não para fechar a fronteira, mas para ordenar o fluxo migratório", argumentou.
Por enquanto não há mais detalhes sobre quando a barreira começará a ser construída.
A ministra afirmou que o país deveria estar preparado caso que a crise se agrave, e lembrou que nos últimos dias alguns grupos de refugiados tinham se comportado de forma "agressiva".
"Nos últimos dias grupos de refugiados se comportaram de forma mais impaciente, agressiva e emocional", declarou Mikl-Leitner.
Na última semana alguns grupos de milhares de refugiados burlaram o cordão policial para entrar na Áustria desde a fronteira com a Eslovênia, após esperar horas sob as baixas temperaturas do outono europeu.
Há poucos dias as autoridades regionais alemãs da Baviera acusaram a Áustria de enviar milhares de refugiados sem registrá-los.
A ministra austríaca respondeu a essas críticas dizendo que a atual afluência em massa de refugiados se deve à promessa do governo alemão de não devolver os refugiados sírios ao primeiro país pelo qual entraram à União Europeia (UE), como estabelecem as normas comunitárias de asilo.
"Os sinais produzem efeitos, e estamos sentindo esses efeitos" na atual onda migratória, destacou Mikl-Leitner.
Os planos para estas cercas apareceram em vários meios de comunicação, que mencionam "uma barreira técnica de vários quilômetros à esquerda e à direita das passagens fronteiriças".
Na semana passada Mikl-Leitner defendeu a necessidade de construir uma "Europa fortaleza" diante da chegada maciça de refugiados.
O governo austríaco, formado por social-democratas e conservadores, mostrou divisão na hora de abordar a crise dos refugiados.
No entanto, esta vez as palavras da conservadora Mikl-Leitner receberam o apoio de outros membros social-democratas, como o ministro da Defesa, Gerald Klug.
Klug disse que poderia imaginar a construção de uma "barreira física na fronteira para melhorar o controle dos refugiados, sempre atuando com humanidade".
Viena - A Áustria anunciou que levantará uma cerca em parte de sua fronteira com a Eslovênia para lidar com o fluxo dos milhares de refugiados que chegam ao país a cada dia, indicou a ministra do Interior, Johanna Mikl-Leitner.
A ministra mencionou ontem a possível construção de uma "barreira técnica", mas evitou a palavra "cerca", embora tenha reconhecido nesta quarta-feira que ela será levantada, não para fechar a fronteira, mas para permitir um trânsito ordenado.
"Trata-se de permitir um acesso (ao país) ordenado e controlado, não de fechar nossas fronteiras", garantiu Mikl-Leitner, em uma entrevista à rádio pública austríaca.
"Certamente se trata de uma cerca, mas não para fechar a fronteira, mas para ordenar o fluxo migratório", argumentou.
Por enquanto não há mais detalhes sobre quando a barreira começará a ser construída.
A ministra afirmou que o país deveria estar preparado caso que a crise se agrave, e lembrou que nos últimos dias alguns grupos de refugiados tinham se comportado de forma "agressiva".
"Nos últimos dias grupos de refugiados se comportaram de forma mais impaciente, agressiva e emocional", declarou Mikl-Leitner.
Na última semana alguns grupos de milhares de refugiados burlaram o cordão policial para entrar na Áustria desde a fronteira com a Eslovênia, após esperar horas sob as baixas temperaturas do outono europeu.
Há poucos dias as autoridades regionais alemãs da Baviera acusaram a Áustria de enviar milhares de refugiados sem registrá-los.
A ministra austríaca respondeu a essas críticas dizendo que a atual afluência em massa de refugiados se deve à promessa do governo alemão de não devolver os refugiados sírios ao primeiro país pelo qual entraram à União Europeia (UE), como estabelecem as normas comunitárias de asilo.
"Os sinais produzem efeitos, e estamos sentindo esses efeitos" na atual onda migratória, destacou Mikl-Leitner.
Os planos para estas cercas apareceram em vários meios de comunicação, que mencionam "uma barreira técnica de vários quilômetros à esquerda e à direita das passagens fronteiriças".
Na semana passada Mikl-Leitner defendeu a necessidade de construir uma "Europa fortaleza" diante da chegada maciça de refugiados.
O governo austríaco, formado por social-democratas e conservadores, mostrou divisão na hora de abordar a crise dos refugiados.
No entanto, esta vez as palavras da conservadora Mikl-Leitner receberam o apoio de outros membros social-democratas, como o ministro da Defesa, Gerald Klug.
Klug disse que poderia imaginar a construção de uma "barreira física na fronteira para melhorar o controle dos refugiados, sempre atuando com humanidade".