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Austrália descarta área de busca do voo MH370

O Boeing 777 da Malaysia Airlines não caiu na área do Oceano Índico onde foram detectados sinais acústicos, anunciaram as autoridades australianas


	Homem procura sinais do voo MH370: voo desapareceu dos radares em 8 de março
 (Richard Polden - Pool/Getty Images)

Homem procura sinais do voo MH370: voo desapareceu dos radares em 8 de março (Richard Polden - Pool/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 29 de maio de 2014 às 09h22.

Sydney - O Boeing 777 da Malaysia Airlines que desapareceu no início de março não caiu na área do Oceano Índico onde foram detectados sinais acústicos, anunciaram as autoridades australianas, em um sério revés para a investigação, apesar da intensa busca.

"Agora podemos afirmar que esta área não é o local de queda do voo MH370", afirma em um comunicado o Centro de Coordenação e Agência Conjunta (JACC), organismo internacional responsável pela busca, com sede na Austrália.

O voo desapareceu dos radares em 8 de março quando viajava de Kuala Lumpur para Pequim com 239 pessoas a bordo, em sua maioria chineses.

As tarefas de rastreamento de um robô submarino no local onde foram detectados os sinais — que os investigadores acreditavam que tinham origem nas caixas pretas do avião - não tiveram sucesso, segundo o JACC.

"O JACC pode informar que nenhum destroço do avião foi encontrado pelo veículo submarino autônomo. A agência australiana de segurança de transportes chegou à conclusão que a zona pode ser descartada como o local da queda do voo MH370".

O navio australiano Ocean Shield que transportava o robô submarino americano Bluefin-21 abandonou a região depois de ter explorado 850 km2 de oceano para tentar encontrar destroços da aeronave.

O anúncio confirma as declarações ao canal CNN do vice-diretor de instrumentos marítimos da Marinha americana, Michael Dean, que afirmou que os sons detectados não eram procedentes das caixas pretas.

O vice-ministro australiano para Infraestruturas, Warren Truss, afirmou que as buscas se concentraram na região onde foram detectados os sinais porque "no momento esta era a melhor informação disponível".

Mas ele afirmou que o governo da Austrália acredita que o avião caiu ao sul do Oceano Índico.

O JACC anunciou que a próxima fase será o rastreamento do fundo do mar com equipamentos sofisticados em uma área que não está mapeada. As autoridades também voltarão a analisar e revisar todos os dados disponíveis para ampliar a zona de busca a uma área de 60.000 quilômetros quadrados.

Um navio chinês, o "Zhu Kezhen", já está trabalhando para mapear a região e deve começar as buscas por destroços em agosto. A operação deve ter duração de 12 meses.

Ao mesmo tempo, os parentes dos passageiros do avião, em sua maioria chineses e malaios, não escondem a frustração com a falta de avanço nas investigações.

"Acredito que este novo anúncio está de acordo com este complicado desastre que se acredita ser uma investigação", afirmou Sarah Bajc, esposa do passageiro americano Philip Wood.

As famílias acusaram na quarta-feira o governo da Malásia de ocultar dados cruciais, apesar da divulgação de um relatório com as comunicações do avião gravadas por um operador britânico de satélites.

A partir destes dados, as autoridades de Kuala Lumpur acreditam que o avião desviou de sua trajetória por uma razão desconhecida e depois caiu no mar, provavelmente por falta de combustível.

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