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Aumentam pressões americanas para fazer dobrar Kadafi

O USS Kearsarge, tendo a bordo centenas de Marines, aproximava-se nesta terça-feira da Líbia, anunciaram dois dirigentes americanos da defesa

Uma vez no Mediterrâneo, o navio pode chegar rapidamente ao longo da região de Trípoli, última zona ainda controlada por Kadhafi (AFP)

Uma vez no Mediterrâneo, o navio pode chegar rapidamente ao longo da região de Trípoli, última zona ainda controlada por Kadhafi (AFP)

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Da Redação

Publicado em 16 de março de 2011 às 20h59.

Washington - Um navio de guerra americano aproximava-se nesta terça-feira da Líbia, como mais um fator de pressão exercida pelos Estados Unidos para fazer dobrar o coronel Kadhafi, mesmo se Washington pareça, descartar, no entanto, uma intervenção militar no momento.

O USS Kearsarge, tendo a bordo centenas de Marines, aproximava-se nesta terça-feira da Líbia, anunciaram dois dirigentes americanos da defesa.

O USS Kearsarge, um porta-helicópteros com plataformas de desembarque e duas naves que o acompanham, preparava-se para entrar no Canal de Suez, proveniente do Mar Vermelho, informaram à AFP as duas fontes, que preferiram não ter o nome divulgado.

"Nós o deslocamos para se aproximar" da Líbia, disse um deles.

Uma vez no Mediterrâneo, o navio pode chegar rapidamente ao longo da região de Trípoli, última zona ainda controlada por Kadhafi, que se agarra ao poder, apesar da contestação popular e da comunidade internacional.

O grupo de operações anfíbias do Kearsarge, com 800 Marines, uma frota de helicópteros e instalações médicas, pode garantir apoio a operações humanitárias, assim como as militares.

"Um navio como o Kearsarge pode realizar numerosos tipos de missão", explicou um oficial.

Comandantes militares americanos preparam uma lista de opções a propor ao presidente Barack Obama e mantêm discussão com europeus.

As opções em questão "vão de uma demonstração de força a qualquer coisa maior", destacou o oficial.

Um porta-aviões americano, o USS Enterprise, transportando caças com capacidade para impor uma zona de exclusão aérea, poderia também ser chamado como reforço, para responder à crise líbia. Está atualmente no norte do Mar Vermelho, segundo o site da Navy.

Embora uma demonstração de força do exército americano, o mais potente do mundo, poderia ser suficiente para acentuar significativamente a pressão sobre o coronel Kadhafi, os Estados Unidos pretendem atingir o regime em outros níveis.

Washington já bloqueou 30 bilhões de dólares em ativos líbios.

Nesta terça-feira, a secretária de Estado Hillary Clinton informou que apoiará uma nova investigação sobre o papel desempenhado por Kadhafi no atentado de Lockerbie, que fez 270 mortos na Escócia em 1988.

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