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Atraso em Belo Monte pode causar prejuízo de R$ 116 bi

Presidente do consórcio responsável pela usina trabalha com os órgãos ambientais para conseguir as licenças e iniciar a obra

A usina de Belo Monte deve ser feita no Rio Xingu (Wikimedia Commons)
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Da Redação

Publicado em 7 de dezembro de 2010 às 13h50.

Brasília - O presidente do consórcio Norte Energia, Carlos Nascimento, disse hoje (7) que, caso a Hidrelétrica de Belo Monte (PA) não entre em operação na data prevista, os prejuízos poderão chegar a R$ 116 bilhões. Segundo Nascimento, todas as demandas dos órgãos ambientais envolvidos na construção da usina têm buscado soluções para que a construção seja iniciada.

“Temos respondido a todas as demandas e estamos procurando, em todas as reuniões com os órgãos ambientais, levar os problemas e procurar soluções”, afirmou o executivo na reunião da subcomissão temporária do Senado destinada a acompanhar a execução das obras de Belo Monte. A previsão é que a instalação do canteiro de obras da usina se dê no inicio de 2011.

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O coordenador de Energia Hidrelétrica e Transposições do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Thomaz Miazak de Toledo, informou que ainda faltam condicionantes para serem cumpridas, antes que seja concedida a licença de instalação da Hidrelétrica de Belo Monte.

De acordo com Toledo, ainda faltam a reforma de equipamentos de saúde e de educação e a implantação de redes de saneamento básico nos municípios atingidos pela usina.

O procurador-chefe da Procuradoria da República no Pará, Ubiratan Cazzeta, alertou para o fato de os impactos já estarem ocorrendo nos municípios atingidos pela construção da usina. “A simples instalação do canteiro de obras traz impactos. [Houve] impacto imobiliário em Altamira, que fez com que os imóveis triplicassem de preço”, exemplificou o procurador.

Ele voltou a dizer que o Ministério Público do Pará é contra a instalação da usina porque há processos em tramitação que podem fazer com que a obra seja paralisada. “Há pendências jurídicas que podem levar a ter de parar as obras ou realizar um estudo que deveria ser feito e não foi”, alertou ele.

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