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Atletas de outros países usaram doping no Rio, diz Putin

"Nós não cumprimentamos as ações dos hackers, mas, graças a eles, soubemos que atletas, aparentemente sãs, usaram substâncias proibidas", disse Putin

Vladimir Putin: o presidente acrescentou que as substâncias deram a esses atletas uma "clara vantagem nas competições esportivas" (Maxim Shemetov / Reuters)
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Da Redação

Publicado em 19 de setembro de 2016 às 15h37.

 Moscou - O presidente da <a href="https://exame.com.br/topicos/russia"><strong>Rússia</strong></a>, <a href="https://exame.com.br/topicos/vladimir-putin"><strong>Vladimir Putin</strong></a>, voltou a denunciar o consumo de substâncias proibidas por parte de atletas de outros países nos <a href="https://exame.com.br/topicos/olimpiadas-2016"><strong>Jogos Olímpicos</strong></a> do Rio de Janeiro com autorização da Agência Mundial Antidoping (Wada).</p> 

"Nós não cumprimentamos as ações dos hackers, mas, graças a eles, soubemos que pessoas que participaram dos Jogos Olímpicos, aparentemente sãs, usaram substâncias proibidas", disse Putin em declarações à imprensa local.

Putin, que fez as afirmações ao receber a equipe paralímpica russa no Kremlin, acrescentou que as substâncias deram a esses atletas uma "clara vantagem nas competições esportivas".

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Na última sexta-feira, o presidente russo já feito críticas semelhantes. "Enquanto atletas aparentemente sãos se dopam, pessoas que sofrem graves doenças e invalidez são excluídas dos Jogos Paralímpicos só por suspeita de consumir certas substâncias", disse.

Putin se referia à exclusão da equipe paralímpica da Rússia dos Jogos do Rio por causa das acusações da existência de um esquema de doping apoiado pelo governo do país revelado no relatório McLaren.

"Sem espaço para dúvidas, essa decisão foi injusta, hipócrita e covarde. Atuaram contra nós de maneira que não foi esportiva nem honesta", afirmou Putin aos atletas do país.

Recentemente, a Wada denunciou ter sido vítima de um ciberataque por parte do grupo de hackers autodenominado "Fancy Bear", que identificou com um órgão de espionagem russo chamado de "Tsar Team".

O "Fancy Bear" teve acesso a informações de atletas, entre eles dados médicos confidenciais, tais como autorizações de uso terapêutico de remédios por parte de federações internacionais e organizações nacionais antidoping.

O vazamento tinha dados de várias atletas importantes, como as irmãs Serena e Venus Williams, além da ginasta Simone Biles, uma das grandes estrelas dos Jogos Olímpicos com quatro ouros.

Hoje, no quarto pacote de informações divulgado pelo grupo, aparecem o tenista Rafael Nadal e o fundista britânico Mo Farah entre os 26 atletas de diferentes nacionalidades autorizados pela Wada para poder consumir substâncias proibidas.

O escândalo foi intensamente coberto pelos veículos de imprensa russos, que acusam a Wada de praticar uma política de dois pesos e duas medidas.

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