Há cinco anos, as autoridades chinesas responderam aos protestos com a imposição de uma lei de segurança nacional muito severa (AFP/AFP)
Agência de notícias
Publicado em 27 de fevereiro de 2024 às 09h53.
Ativistas protagonizaram nesta terça-feira, 27, um raro protesto em Hong Kong contra os planos do governo local de aprovar uma nova lei de segurança nacional na cidade semiautônoma chinesa, onde a dissidência foi esmagada após as grandes manifestações pró-democracia de 2019.
Há cinco anos, as autoridades chinesas responderam aos protestos com a imposição de uma lei de segurança nacional muito severa, que provocou a detenção ou exílio de muitos ativistas pró-democracia em Hong Kong.
Mas o governo municipal anunciou em janeiro que deseja aprovar "o mais rápido possível" uma nova lei local para incluir outros crimes, como traição, espionagem ou insurreição.
Em uma rara demonstração de dissidência na cidade, onde os protestos desapareceram, três ativistas criticaram o plano do governo diante de jornalistas e policiais.
"Muitos cidadãos de Hong Kong estão bastante preocupados", disse à AFP Yu Wai-pan, da Liga dos Social-Democratas, um dos poucos grupos de oposição que restam em Hong Kong.
"A segurança nacional é importante para a população, mas deve estar baseada na democracia, a liberdade e o Estado de direito", acrescentou outra manifestante, Chan Po-ying.
Desde que o Reino Unido devolveu o controle de Hong Kong a Pequim em 1997, a cidade semiautônoma examina o desenvolvimento de uma lei de segurança nacional própria.
A última tentativa de aprovar a lei foi arquivada em 2003, após uma manifestação com meio milhão de pessoas.