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Ativistas egípcios serão julgados por protesto

Um dos ativistas foi processado por fazer um protesto não autorizado, tornando-se o primeiro acusado de violar nova lei que restringe liberdade de manifestação


	Protesto no Egito: lei, que entrou em vigor no mês passado, intensificou os temores sobre o futuro das liberdades políticas no Egito depois da deposição pelos militares do presidente islâmico Mohamed Mursi
 (Getty Images)

Protesto no Egito: lei, que entrou em vigor no mês passado, intensificou os temores sobre o futuro das liberdades políticas no Egito depois da deposição pelos militares do presidente islâmico Mohamed Mursi (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 5 de dezembro de 2013 às 09h11.

Cairo - O Egito determinou na quinta-feira que três importantes ativistas políticos sejam julgados por acusações relativas à participação em protestos, disseram fontes judiciais, em mais um sinal da crescente intolerância à dissidência.

Um dos ativistas, Ahmed Maher, foi processado por fazer um protesto não autorizado, tornando-se assim o primeiro acusado de violar uma nova lei que restringe a liberdade de manifestação.

Fundador do Movimento 6 de Abril, que teve participação crucial na rebelião popular que derrubou o ditador Hosni Mubarak em 2011, Maher também será julgado por supostamente agredir policiais e "resistir às autoridades".

As mesmas acusações também foram imputadas a Ahmed Douma e Mohamed Adel, os dois outros ativistas que serão julgados, segundo o promotor Wael Shibl.

Outro dissidente famoso, Alaa Abdel Fattah, detido na semana passada, está sendo interrogado por convocar protestos, contrariando a nova lei.

Essa lei, que entrou em vigor no mês passado, intensificou os temores sobre o futuro das liberdades políticas no Egito depois da deposição pelos militares do presidente islâmico Mohamed Mursi, em julho.

Desde então, as forças de segurança já mataram centenas de seguidores de Mursi, e líderes importantes do movimento Irmandade Muçulmana, que dava sustentação ao ex-presidente, foram presos.


As autoridades também começaram a reprimir ativistas políticos não-islâmicos, agravando os temores de que o país volte a ser um Estado policial, como na época de Mubarak.

A lei sobre protestos autoriza o Ministério do Interior a proibir qualquer aglomeração com mais de dez pessoas em um local público. Grupos de direitos humanos dizem que isso é profundamente repressivo.

Os Estados Unidos, que congelaram parcialmente a ajuda militar ao Egito à espera de progressos em questões de democracia e direitos, manifestaram preocupação com a nova lei.

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