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Atirador já tinha procurado o FBI para dizer que ouvia vozes

Em novembro, agentes notaram o comportamento errático chegaram a chamar as autoridades locais

Esteban Santiago: um veterano do exército de 26 anos

Esteban Santiago: um veterano do exército de 26 anos

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 7 de janeiro de 2017 às 20h58.

Última atualização em 7 de janeiro de 2017 às 20h59.

Fort Larderdale - Os investigadores levam em conta as possibilidades de terrorismo e de doença mental como as razões por trás do tiroteio em um aeroporto em Fort Lauderdale, nos Estados Unidos, na última sexta-feira.

O atirador, identificado por autoridades como Esteban Santiago, um veterano do exército de 26 anos, viajou para a Flórida de Minneapolis, recuperou uma arma semi-automática de sua bagagem despachada no aeroporto e começou a disparar na área de bagagem antes de ser apreendido, disseram as autoridades.

"Nós não descartamos nada, continuamos a analisar todos os caminhos e todos os motivos", disse George Piro, agente especial do escritório federal do Federal Bureau of Investigation (FBI), em coletiva de imprensa. "Neste ponto, continuamos a investigar a chance de terrorismo".

Oficiais disseram ainda que Santiago parecia estar sofrendo de problemas significativos de saúde mental meses antes do tiroteio. "As indicações são de que ele veio aqui para realizar este ataque horrível", disse Piro. "Nós não identificamos nenhum motivo que teria causado este ataque, mas ainda estamos no início das investigações". Piro afirmou que não havia indícios de que o suspeito do ataque estivesse envolvido em qualquer problema em seu voo de Minneapolis.

O tio de Santiago, Hernan Rivera, disse que a personalidade de seu sobrinho mudou durante seu período servindo no Iraque, e voltou em 2011 como uma pessoa mais distante e isolada. Rivera disse que Santiago recebeu tratamento psiquiátrico quando retornou a Porto Rico. "Isso não o ajudou de forma alguma", disse Rivera.

Em novembro, Santiago entrou no escritório do FBI em Anchorage, no Alasca, e disse que precisava falar com agentes, de acordo com autoridades policiais. Na conversa, que às vezes era incoerente, ele parecia sugerir que as agências de inteligência estavam forçando-o a ver propaganda terrorista, e mencionou o grupo terrorista Estado Islâmico, disseram os oficiais. Ele parecia estar afirmando que o governo dos EUA estava usando técnicas de controle mental para exortá-lo a se juntar a um grupo terrorista, disseram.

"Foi durante esse contato que os próprios agentes notaram o comportamento errático que os preocupava, e os motivou a chamar as autoridades locais para levá-lo sob custódia e ter sua saúde mental avaliada em uma instalação médica", disse Piro.

Dois pacientes permanecem hospitalizados em estado crítico neste sábado no Broward Health Medical Center, disse uma porta-voz. O hospital disse que recebeu seis pacientes com ferimentos de bala após o incidente de sexta-feira, bem como dezenas de outros que foram levados para o hospital no caos que se seguiu. As autoridades haviam dito anteriormente que havia oito vítimas de tiro, mas o xerife do condado de Broward, Scott Israel, corrigiu o número posteriormente.

O governador da Flórida, Rick Scott, disse que se encontrou com vítimas em um hospital da área e que alguns ainda estavam em cirurgia e lutando por suas vidas. Ele também disse que o estado estava trabalhando para garantir que os viajantes deslocados fossem acomodados, e que apenas alguns permanecem em um centro de convenções. Fonte: Dow Jones Newswires.

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