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Atentados deixam ao menos 67 mortos no Iraque

Em um comunicado, o Ministério do Interior pediu que os cidadãos apoiem as forças de segurança no combate à violência

Em Bagdá, 11 carros-bomba explodiram em nove bairros diferentes, dos quais ao menos sete eram de maioria xiita, e deixaram 34 mortos e mais de 130 feridos (AFP)
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Da Redação

Publicado em 29 de julho de 2013 às 20h25.

Sessenta e sete pessoas morreram nesta segunda-feira em uma onda de atentados que teve como alvo várias regiões xiitas, segundo fontes policiais e médicas.

Com esses últimos ataques, mais de 800 pessoas morreram em meio à violência desde o início de julho, e mais de 3.000, desde o início do ano, de acordo com um registro estabelecido pela AFP a partir de fontes médicas e de segurança.

Em um comunicado, o Ministério do Interior pediu que os cidadãos apoiem as forças de segurança no combate à violência.

O Iraque enfrenta "uma guerra aberta contra forças confessionais sanguinárias que tentam mergulhar o país no caos", acrescentou.

Em Bagdá, 11 carros-bomba explodiram em nove bairros diferentes, dos quais ao menos sete eram de maioria xiita, e deixaram 34 mortos e mais de 130 feridos.

Em Sadr City, bairro xiita de Bagdá, um carro-bomba explodiu em uma praça onde estavam reunidos operários em busca de trabalho. A explosão lançou pelos ares um micro-ônibus a mais de 10 metros de distância e destruiu as janelas de várias lojas, segundo um fotógrafo da AFP. Outra bomba que explodiu em Sadr City teve como alvo lojas de materiais de construção.

Outro carro-bomba explodiu em Mahmudiya, 30 km ao sul da capital, matando ao menos duas pessoas e ferindo outras 25.

Em Kut, cidade de maioria xiita 160 km ao sul de Bagdá, ao menos seis pessoas morreram e 57 ficaram feridas na explosão de dois carros-bomba.

Em outro episódio de violência, ao menos duas pessoas morreram e dezenas ficaram feridas na explosão de dois carros-bomba em Samawa, outra cidade xiita situada 280 km ao sul de Bagdá.


Outro carro-bomba explodiu em Basra, cidade portuária do sul do país também de maioria xiita, deixando quatro mortos e cinco feridos.

Em Baiji, ao norte da capital, cinco policiais, incluindo um tenente-coronel e seu filho, morreram atingidos por um artefato explosivo.

A violência piorou nos últimos três meses, retornando aos níveis de 2008 após a guerra civil entre sunitas e xiitas que deixou dezenas de milhares de mortos em 2006 e 2007.

O aumento da violência está vinculado ao ressentimento da população sunita, no poder sob o regime de Saddam Hussein, com a maioria xiita atualmente no poder e a quem acusa de praticar discriminações.

No ano passado tiveram início manifestações sunitas para exigir a libertação de suspeitos presos conforme uma lei antiterrorista que permite a sua detenção de maneira quase ilimitada.

A crise alcançou um pico no dia 23 de abril, quando as forças de segurança e os manifestantes, em sua maioria desarmados, segundo a ONU, se enfrentaram perto da cidade de Hajiwah (norte), deixando 53 mortos.

Ataques com bomba e coordenados contra a população civil ocorrem uma ou duas vezes por semana em média, enquanto outros atentados, com alvos mais específicos, atingem diariamente as forças de ordem.

Grupos vinculados à rede extremista Al-Qaeda são considerados os responsáveis por grande parte dos atentados recentes contra civis, cometidos provavelmente com o objetivo de relançar a guerra civil, segundo observadores.

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Sessenta e sete pessoas morreram nesta segunda-feira em uma onda de atentados que teve como alvo várias regiões xiitas, segundo fontes policiais e médicas.

Com esses últimos ataques, mais de 800 pessoas morreram em meio à violência desde o início de julho, e mais de 3.000, desde o início do ano, de acordo com um registro estabelecido pela AFP a partir de fontes médicas e de segurança.

Em um comunicado, o Ministério do Interior pediu que os cidadãos apoiem as forças de segurança no combate à violência.

O Iraque enfrenta "uma guerra aberta contra forças confessionais sanguinárias que tentam mergulhar o país no caos", acrescentou.

Em Bagdá, 11 carros-bomba explodiram em nove bairros diferentes, dos quais ao menos sete eram de maioria xiita, e deixaram 34 mortos e mais de 130 feridos.

Em Sadr City, bairro xiita de Bagdá, um carro-bomba explodiu em uma praça onde estavam reunidos operários em busca de trabalho. A explosão lançou pelos ares um micro-ônibus a mais de 10 metros de distância e destruiu as janelas de várias lojas, segundo um fotógrafo da AFP. Outra bomba que explodiu em Sadr City teve como alvo lojas de materiais de construção.

Outro carro-bomba explodiu em Mahmudiya, 30 km ao sul da capital, matando ao menos duas pessoas e ferindo outras 25.

Em Kut, cidade de maioria xiita 160 km ao sul de Bagdá, ao menos seis pessoas morreram e 57 ficaram feridas na explosão de dois carros-bomba.

Em outro episódio de violência, ao menos duas pessoas morreram e dezenas ficaram feridas na explosão de dois carros-bomba em Samawa, outra cidade xiita situada 280 km ao sul de Bagdá.


Outro carro-bomba explodiu em Basra, cidade portuária do sul do país também de maioria xiita, deixando quatro mortos e cinco feridos.

Em Baiji, ao norte da capital, cinco policiais, incluindo um tenente-coronel e seu filho, morreram atingidos por um artefato explosivo.

A violência piorou nos últimos três meses, retornando aos níveis de 2008 após a guerra civil entre sunitas e xiitas que deixou dezenas de milhares de mortos em 2006 e 2007.

O aumento da violência está vinculado ao ressentimento da população sunita, no poder sob o regime de Saddam Hussein, com a maioria xiita atualmente no poder e a quem acusa de praticar discriminações.

No ano passado tiveram início manifestações sunitas para exigir a libertação de suspeitos presos conforme uma lei antiterrorista que permite a sua detenção de maneira quase ilimitada.

A crise alcançou um pico no dia 23 de abril, quando as forças de segurança e os manifestantes, em sua maioria desarmados, segundo a ONU, se enfrentaram perto da cidade de Hajiwah (norte), deixando 53 mortos.

Ataques com bomba e coordenados contra a população civil ocorrem uma ou duas vezes por semana em média, enquanto outros atentados, com alvos mais específicos, atingem diariamente as forças de ordem.

Grupos vinculados à rede extremista Al-Qaeda são considerados os responsáveis por grande parte dos atentados recentes contra civis, cometidos provavelmente com o objetivo de relançar a guerra civil, segundo observadores.

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