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Ataque suicida do Estado Islâmico em Bagdá deixa 125 mortos

Bagdá - Um atentado suicida com carro-bomba de autoria do grupo terrorista Estado Islâmico (EI) em uma área comercial do centro de Bagdá causou neste domingo a morte a 125 pessoas, o número mais elevado de vítimas registrado este ano em um só ataque. A explosão aconteceu por volta da 1h da madrugada de domingo […]

Ataque terrorista em Bagdá: pessoas se reúnem no local onde explodiu um carro-bomba na área comercial de Karrada, em Bagdá (REUTERS/Khalid al Mousily)
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Da Redação

Publicado em 3 de julho de 2016 às 17h08.

Bagdá - Um atentado suicida com carro-bomba de autoria do grupo terrorista Estado Islâmico (EI) em uma área comercial do centro de Bagdá causou neste domingo a morte a 125 pessoas, o número mais elevado de vítimas registrado este ano em um só ataque.

A explosão aconteceu por volta da 1h da madrugada de domingo (19h de sábado em Brasília) em frente à conhecida sorveteria Yabar Abu al Sharbat, no distrito de Karrada, onde a população é majoritariamente xiita.

A sorveteria é a mais popular e antiga da capital iraquiana e estava muito movimentada na hora do ataque por conta do Ramadã e do verão é comum prolongar as noites na rua à espera do "suhur" (última refeição antes do amanhecer).

Uma fonte da Polícia informou à Agência Efe que 135 pessoas ficaram feridas nesta ação, que provocou também graves danos materiais na principal avenida de Karrada e que deixou vários carros completamente destruídos.

Desta vez, o EI assumiu a autoria em comunicado assinado por Wilayat Baghdad e divulgado nas redes sociais, no qual afirmou que o alvo eram os xiitas.

"No marco das permanentes operações de segurança dos soldados do califado na cidade de Bagdá, o irmão mujahedin (guerreiro santo) Abu Maha al Iraqui conseguiu explodir seu carro-bomba em uma concentração de renegados (xiitas)", indica na nota.

O grupo terrorista advertiu que "com a permissão de Deus os ataques dos mujahedins prosseguirão contra os renegados".

O primeiro-ministro iraquiano, Haider Al-Abadi, foi até Karrada e afirmou que os terroristas "após serem esmagados nos campos de batalha cometem ataques com explosivos em uma tentativa desesperada". Ele prometeu punir "os grupos terroristas que cometeram o atentado" e disse estar confiante em que "a vitória está muito perto", indicou seu Escritório de Informação em comunicado.

A população de Karrada recebeu descontente a visita do chefe do governo, a quem culpam de não proteger os civis das ações dos extremistas. Dezenas de cidadãos arremessaram pedras e sapatos na direção do comboio do primeiro-ministro.

Durante a madrugada, outro carro-bomba explodiu no mercado popular de Shalal, em Al Shaab, no nordeste de Bagdá e de população majoritariamente xiita. Este atentado causou a morte de um civil e feriu outros cinco, além de destruir várias lojas, afirmou uma fonte policial ouvida pela Efe.

O primeiro-ministro declarou três dias de luto oficial em todo o país.

Por sua vez, o presidente do parlamento iraquiano, Salim Jabouri, condenou os ataques e disse que são ações "criminosas e covardes". Ele pediu aos serviços de segurança mais "medidas de precaução e não dar a oportunidade ao terrorismo para que aproveite as circunstâncias do país, que tem uma guerra contra a organização terrorista do Estado Islâmico".

A Comissão de Segurança no governo da província de Bagdá, que também condenou os atentados, criticou em uma nota às forças de segurança por não impedido os atentados.

Os ataques terroristas aumentaram nos últimos meses em Bagdá. Em 11 de maio, o EI matou 93 pessoas e deixou mais de 160 feridos em três atentados cometidos em dois bairros de maioria xiita e outro sunita em Bagdá.

Seis dias depois, 45 pessoas morreram em uma nova onda de atentados na capital, enquanto em 9 de junho, 20 pessoas morreram quando um suicida detonou explosivos em um carro-bomba no bairro de Nova Bagdá.

O grupo extremista está perdendo espaço no Iraque em seu bastião de Mossul e outras zonas do norte do país, onde as forças iraquianas lançaram uma ofensiva. Os jihadistas passaram também por um grande golpe recentemente, com sua expulsão no fim de junho da cidade de Faluja, um de seus principais e estratégicos redutos, a somente 50 quilômetros de Bagdá.

Há pouco mais de dois anos, o EI proclamou um califado nos territórios sob seu controle no Iraque e na Síria, onde chegou a dominar até um terço e a metade dos territórios, respectivamente.

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Bagdá - Um atentado suicida com carro-bomba de autoria do grupo terrorista Estado Islâmico (EI) em uma área comercial do centro de Bagdá causou neste domingo a morte a 125 pessoas, o número mais elevado de vítimas registrado este ano em um só ataque.

A explosão aconteceu por volta da 1h da madrugada de domingo (19h de sábado em Brasília) em frente à conhecida sorveteria Yabar Abu al Sharbat, no distrito de Karrada, onde a população é majoritariamente xiita.

A sorveteria é a mais popular e antiga da capital iraquiana e estava muito movimentada na hora do ataque por conta do Ramadã e do verão é comum prolongar as noites na rua à espera do "suhur" (última refeição antes do amanhecer).

Uma fonte da Polícia informou à Agência Efe que 135 pessoas ficaram feridas nesta ação, que provocou também graves danos materiais na principal avenida de Karrada e que deixou vários carros completamente destruídos.

Desta vez, o EI assumiu a autoria em comunicado assinado por Wilayat Baghdad e divulgado nas redes sociais, no qual afirmou que o alvo eram os xiitas.

"No marco das permanentes operações de segurança dos soldados do califado na cidade de Bagdá, o irmão mujahedin (guerreiro santo) Abu Maha al Iraqui conseguiu explodir seu carro-bomba em uma concentração de renegados (xiitas)", indica na nota.

O grupo terrorista advertiu que "com a permissão de Deus os ataques dos mujahedins prosseguirão contra os renegados".

O primeiro-ministro iraquiano, Haider Al-Abadi, foi até Karrada e afirmou que os terroristas "após serem esmagados nos campos de batalha cometem ataques com explosivos em uma tentativa desesperada". Ele prometeu punir "os grupos terroristas que cometeram o atentado" e disse estar confiante em que "a vitória está muito perto", indicou seu Escritório de Informação em comunicado.

A população de Karrada recebeu descontente a visita do chefe do governo, a quem culpam de não proteger os civis das ações dos extremistas. Dezenas de cidadãos arremessaram pedras e sapatos na direção do comboio do primeiro-ministro.

Durante a madrugada, outro carro-bomba explodiu no mercado popular de Shalal, em Al Shaab, no nordeste de Bagdá e de população majoritariamente xiita. Este atentado causou a morte de um civil e feriu outros cinco, além de destruir várias lojas, afirmou uma fonte policial ouvida pela Efe.

O primeiro-ministro declarou três dias de luto oficial em todo o país.

Por sua vez, o presidente do parlamento iraquiano, Salim Jabouri, condenou os ataques e disse que são ações "criminosas e covardes". Ele pediu aos serviços de segurança mais "medidas de precaução e não dar a oportunidade ao terrorismo para que aproveite as circunstâncias do país, que tem uma guerra contra a organização terrorista do Estado Islâmico".

A Comissão de Segurança no governo da província de Bagdá, que também condenou os atentados, criticou em uma nota às forças de segurança por não impedido os atentados.

Os ataques terroristas aumentaram nos últimos meses em Bagdá. Em 11 de maio, o EI matou 93 pessoas e deixou mais de 160 feridos em três atentados cometidos em dois bairros de maioria xiita e outro sunita em Bagdá.

Seis dias depois, 45 pessoas morreram em uma nova onda de atentados na capital, enquanto em 9 de junho, 20 pessoas morreram quando um suicida detonou explosivos em um carro-bomba no bairro de Nova Bagdá.

O grupo extremista está perdendo espaço no Iraque em seu bastião de Mossul e outras zonas do norte do país, onde as forças iraquianas lançaram uma ofensiva. Os jihadistas passaram também por um grande golpe recentemente, com sua expulsão no fim de junho da cidade de Faluja, um de seus principais e estratégicos redutos, a somente 50 quilômetros de Bagdá.

Há pouco mais de dois anos, o EI proclamou um califado nos territórios sob seu controle no Iraque e na Síria, onde chegou a dominar até um terço e a metade dos territórios, respectivamente.

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