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Atentado suicida deixa 24 mortos no Paquistão

O chefe da polícia do distrito, Mian Muhammad Saeed, informou sobre 24 mortos e 55 feridos, seis dos quais em estado crítico.

Soldados e policiais paquistaneses chegam ao local do atentado (AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 1 de fevereiro de 2013 às 20h19.

Islamabad - Ao menos 24 pessoas morreram e cerca de 50 ficaram feridas no noroeste do Paquistão em um atentado suicida que teve como alvo xiitas, segundo a polícia, após a explosão de uma bomba em frente a duas mesquitas, uma xiita e outra sunita nesta sexta-feira.

O autor do atentado, que não foi reivindicado, chegou de moto ao local do incidente, na cidade de Hangu, próxima às zonas tribais semiautônomas fronteiriças com o Afeganistão, bastiões dos insurgentes talibãs. Os explosivos que o terrorista suicida carregava foram detonados em uma rua estreita que abriga duas mesquitas, uma xiita e outra sunita.

O chefe da polícia do distrito, Mian Muhammad Saeed, informou sobre 24 mortos e 55 feridos, seis dos quais em estado crítico.

"Foi um ataque suicida dirigido contra os xiitas, mas também houve vítimas muçulmanas sunitas, já que sua mesquita e algumas lojas encontram-se muito perto desse local", declarou.

"Encontramos a cabeça do terrorista, que foi até lá de moto", disse.


"As mesquitas xiita e sunita estão muito próximas e a explosão ocorreu no momento em que os xiitas estavam saindo de sua mesquita e os sunitas estavam entrando na sua, por ocasião das orações de sexta-feira", afirmou o oficial de polícia Imtiaz Shah.

Muzammil Husain, um xiita de 28 anos ferido na cabeça e na mão, disse à AFP que ouviu a explosão quando saía da mesquita.

"Quando cheguei na saída da mesquita, uma fonte explosão estremeceu a região. Muita gente caiu em cima de mim como consequência do impacto da explosão", declarou por telefone, do hospital, na cidade próxima de Kohat.

"Vi pedaços de carne humana por toda parte. Nunca em minha vida vi uma cena assim. Estava semiconsciente quando me levaram a um hospital", acrescentou.

O agente de polícia Raaz Muhamad, que participou dos trabalhos de resgate, disse que a explosão danificou duas lojas de cosméticos e três de venda de verduras.


"Vi pedaços de carne humana e grandes manchas de sangue nas paredes coladas com a mesquita e nas lojas próximas", disse.

"Toda a rua estava coberta com sapatos e chapéus das pessoas que saíam das mesquitas", acrescentou.

O Paquistão viveu em 10 de janeiro um dos dias mais sangrentos de sua história recente, com 125 mortos em uma série de atentados principalmente contra xiitas, a poucos meses de eleições gerais neste instável país dotado de armas nucleares.

O ataque mais devastador foi um duplo atentado em um clube de bilhar repleto de gente na cidade de Quetta, capital do Baluchistão, de maioria xiita, que deixou 92 mortos e 121 feridos, indicaram as autoridades locais.

O atentado de Quetta foi reivindicado pelo Lashkar e-Jhangvi (LeJ), principal grupo rebelde anti-xiita do país.

A minoria xiita representa 20% da população total do Paquistão (180 milhões de habitantes).

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Islamabad - Ao menos 24 pessoas morreram e cerca de 50 ficaram feridas no noroeste do Paquistão em um atentado suicida que teve como alvo xiitas, segundo a polícia, após a explosão de uma bomba em frente a duas mesquitas, uma xiita e outra sunita nesta sexta-feira.

O autor do atentado, que não foi reivindicado, chegou de moto ao local do incidente, na cidade de Hangu, próxima às zonas tribais semiautônomas fronteiriças com o Afeganistão, bastiões dos insurgentes talibãs. Os explosivos que o terrorista suicida carregava foram detonados em uma rua estreita que abriga duas mesquitas, uma xiita e outra sunita.

O chefe da polícia do distrito, Mian Muhammad Saeed, informou sobre 24 mortos e 55 feridos, seis dos quais em estado crítico.

"Foi um ataque suicida dirigido contra os xiitas, mas também houve vítimas muçulmanas sunitas, já que sua mesquita e algumas lojas encontram-se muito perto desse local", declarou.

"Encontramos a cabeça do terrorista, que foi até lá de moto", disse.


"As mesquitas xiita e sunita estão muito próximas e a explosão ocorreu no momento em que os xiitas estavam saindo de sua mesquita e os sunitas estavam entrando na sua, por ocasião das orações de sexta-feira", afirmou o oficial de polícia Imtiaz Shah.

Muzammil Husain, um xiita de 28 anos ferido na cabeça e na mão, disse à AFP que ouviu a explosão quando saía da mesquita.

"Quando cheguei na saída da mesquita, uma fonte explosão estremeceu a região. Muita gente caiu em cima de mim como consequência do impacto da explosão", declarou por telefone, do hospital, na cidade próxima de Kohat.

"Vi pedaços de carne humana por toda parte. Nunca em minha vida vi uma cena assim. Estava semiconsciente quando me levaram a um hospital", acrescentou.

O agente de polícia Raaz Muhamad, que participou dos trabalhos de resgate, disse que a explosão danificou duas lojas de cosméticos e três de venda de verduras.


"Vi pedaços de carne humana e grandes manchas de sangue nas paredes coladas com a mesquita e nas lojas próximas", disse.

"Toda a rua estava coberta com sapatos e chapéus das pessoas que saíam das mesquitas", acrescentou.

O Paquistão viveu em 10 de janeiro um dos dias mais sangrentos de sua história recente, com 125 mortos em uma série de atentados principalmente contra xiitas, a poucos meses de eleições gerais neste instável país dotado de armas nucleares.

O ataque mais devastador foi um duplo atentado em um clube de bilhar repleto de gente na cidade de Quetta, capital do Baluchistão, de maioria xiita, que deixou 92 mortos e 121 feridos, indicaram as autoridades locais.

O atentado de Quetta foi reivindicado pelo Lashkar e-Jhangvi (LeJ), principal grupo rebelde anti-xiita do país.

A minoria xiita representa 20% da população total do Paquistão (180 milhões de habitantes).

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