Mundo

Atentado de Ouagadogou foi feito por 3 malineses da Al Qaeda

O hotel, situado no distrito financeiro frequentado por ocidentais e por funcionários da ONU, foi tomado pelo comando, que detonou um carro-bomba na entrada


	Atentado: a Al Qaeda qualificou o hotel Splendid como "um dos ninhos mais perigosos de espionagem mundial na África Ocidental"
 (Issouf Sanogo / AFP)

Atentado: a Al Qaeda qualificou o hotel Splendid como "um dos ninhos mais perigosos de espionagem mundial na África Ocidental" (Issouf Sanogo / AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 18 de janeiro de 2016 às 09h16.

Nouakchott - A Al Qaeda no Magrebe Islâmico (AQMI) revelou nesta segunda-feira a identidade dos três jihadistas, de nacionalidade malinesa, que atacaram na sexta-feira um hotel em Ouagadogou, capital de Burkina Fasso, que matando 26 pessoas e deixando mais de 50 feridas.

Em comunicado enviado hoje à agência privada de notícias mauritana "Al Akhbar", que costuma receber as notas dos jihadistas ativos no Sahel, a AQMI assinalou que os autores foram três malineses, "Abu Mohammed al Bughali al Ansari", "Al Betar al Ansar" e "Ahmed al Vulani al Ansari".

A AQMI publicou fotos desses três jihadistas, que invadiram o hotel Splendid, em Ouagadogou, combatentes do grupo Al Mourabitoun, dirigido pelo histórico jihadista argelino Mokhtar Belmokhtar, que se fundiu à AQMI.

O hotel, situado no distrito financeiro frequentado por ocidentais e por funcionários da ONU, foi tomado pelo comando, que detonou um carro-bomba na entrada e começou a disparar em hóspedes, clientes e funcionários antes de fazer mais de 120 deles como reféns.

A organização terrorista ressaltou neste último comunicado que seu ataque faz parte de suas suas ações contra "os focos dos cruzados que saqueiam nossas riquezas, agridem nossas famílias e violam nossos lugares sagrados".

A Al Qaeda qualificou o hotel Splendid como "um dos ninhos mais perigosos de espionagem mundial na África Ocidental" e um lugar onde "se dirige a guerra contra o islã e onde se concluem transações de saque dos recursos da África".

O grupo terrorista acrescentou que os jihadistas atacaram primeiro o restaurante Capuccino antes de tomar reféns do hotel, que foi seu "principal alvo" da operação, que durou várias horas.

Além disso, ressaltou que o ataque foi "por vingança por nossos pais na África Central, no Mali e em outros países do islã, no leste e no oeste".

Por último, a organização apontou que o atentado teve como objetivo lembrar "a França e a seus aliados que a segurança no mundo hoje em dia é indissociável": "ou nos deixam em paz em nossa terra ou poremos em perigo sua segurança e a de seus cidadãos".

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaAl QaedaHotéisIslamismoTerrorismo

Mais de Mundo

Corte Constitucional de Moçambique confirma vitória do partido governista nas eleições

Terremoto de magnitude 6,1 sacode leste de Cuba

Drones sobre bases militares dos EUA levantam preocupações sobre segurança nacional

Conheça os cinco empregos com as maiores taxas de acidentes fatais nos EUA