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PMDB pode indicar até cinco ministros na próxima semana

Michel Temer negou insatisfação da bancada, mas disse que indicações de Nelson Jobim e Sérgio Cortes não são do partido

Michel Temer espera entregar os nomes do partido até a semana que vêm (José Cruz/AGÊNCIA BRASIL)

Michel Temer espera entregar os nomes do partido até a semana que vêm (José Cruz/AGÊNCIA BRASIL)

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Da Redação

Publicado em 1 de dezembro de 2010 às 14h36.

Brasília - O PMDB quer entregar até a próxima semana à presidenta eleita, Dilma Rousseff, as indicações que a legenda considera ter direito na composição da equipe ministerial. O vice-presidente eleito e interlocutor do partido na equipe de transição, Michel Temer (PMDB-SP), disse hoje (1º) que o partido considera como da cota pessoal de Dilma as indicações de Sérgio Côrtes para o Ministério da Saúde e a manutenção de Nelson Jobim, na Defesa.

Temer acrescentou que o PMDB teria direito a indicar mais quatro ou cinco vagas, neste último caso, se for considerado que lhe cabe indicação por cota pessoal. Pelas contas, as bancadas na Câmara e no Senado teriam direito a duas indicações cada e ele a uma. “Estamos ajustando esses ponteiro e vamos ajustá-lo, tenho absoluta convicção”, destacou.

O parlamentar minimizou as notícias veiculadas hoje de que as bancadas na Câmara e no Senado estariam se sentido preteridas nas discussões. “O que há é aquele desconforto muitas vezes daqueles que querem um pouco mais, um poucos menos, nada que nos preocupe. Estamos trabalhando, estamos conversando, e o PMDB terá um espaço compatível com seu tamanho, isso a presidenta [Dilma Rousseff] já disse. Então, não há dificuldade nenhuma na relação”, afirmou o vice-presidente eleito.

Sobre a indicação do secretário de Saúde do Rio de Janeiro, Sérgio Côrtes, para o Ministério da Saúde – que pelas informações publicadas na imprensa seria negociação do governador Sérgio Cabral (PMDB) – Temer disse que conversou com o governador pela manhã. Segundo ele, Cabral afirmou que não procurou ninguém porque, “na verdade isso foi uma cota pessoal”.

Ainda segundo o relato de Michel Temer, o governador disse que Dilma o procurou porque queria um técnico para a pasta e que “apreciava o trabalho de Sérgio Côrtes e que entrava na cota pessoal dela”.

Temer ressaltou que por ser vice-presidente eleito, além de interlocutor do partido na transição, tem que colaborar com o governo.

Sobre as insatisfações colocadas a público pelo peemedebista Moreira Franco (RJ), Michel Temer disse que ele também lhe telefonou para dizer que “não se pode correr o risco de esvaziar quem é o interlocutor do PMDB que foi nomeado por todos”. O vice-presidente eleito acrescentou que, em conversa com os senadores José Sarney (PMDB-AP) e Renan Calheiros (PMDB-AL), esse ponto foi reforçado e que seu papel “não está minimamente esvaziado”.

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