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Ataques na República Democrática do Congo deixam 70 mortos

Na capital Kinshasa, uma fonte próxima do poder citou "ataques orquestrados em Kinshasa, Lubumbashi e Kindu", capital da província de Maniema

Forças de segurança congolensas durante operação para reprimir um ataque em Kinshasa: governo indicou que mais de 70 criminosos morreram nos ataques (Jean Robert NKengo/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de dezembro de 2013 às 19h26.

Opositores do regime do presidente da República Democrática do Congo, Joseph Kabila, realizaram nesta segunda-feira ataques inéditos e sem precedentes em Kinshasa, onde trocas de tiros foram registradas no aeroporto e no Estado-Maior geral após um sequestro no canal de televisão estatal.

Tiros também foram escutados em Lubumbashi, segunda maior cidade do país, onde o presidente Kabila se encontra atualmente.

Na capital Kinshasa, uma fonte próxima do poder citou "ataques orquestrados em Kinshasa, Lubumbashi e Kindu", capital da província de Maniema.

"Mas a situação foi controlada em todas as partes", segundo a fonte.

O governo indicou que mais de 70 criminosos morreram nos ataques.

"Mais de 70 atacantes morreram, 50 deles em Kinshasa. Três de nossos efetivos do exército morreram em Kinshasa, e contamos dois civis feridos em Ndjili", informou à AFP Lambert Mende, porta-voz governamental.

Os agressores afirmaram agir em nome do pastor Joseph Mukungubila Mutombo, candidato à presidência em 2006.

"Vinte e quatro morreram no aeroporto, oito na RTNC (Rádio Televisão Nacional Congolesa) e 16 no Estado-Maior geral. Não foram informadas vítimas civis ou alguma vítima entre as forças de segurança", declarou à AFP Lambert Mende, porta-voz do governo.

Habitantes locais realizaram mutilações nos corpos das vítimas - retirando seus órgãos sexuais, aparentemente para fins místicos - constatou um jornalista da AFP.

Em Kinshasa, onde a maioria da população vive na miséria, a segunda-feira começou com um ataque ao canal RTCN, localizada perto do Palácio do Povo, o Parlamento.

Homens com machados e armas abriram fogo contra a entrada da RTNC, segundo a polícia. Pouco depois o sinal da emissora foi cortado e tiros foram ouvidos no aeroporto internacional e no Estado-Maior geral.

Todas as companhias aéreas cancelaram seus voos nacionais e internacionais no aeroporto de Ndjili.

As agências indicaram que a decisão está ligada a "insegurança' em toda a região do aeroporto.

O pastor Joseph Mukungubila Mutombo, que se auto-proclama "profeta da Eternidade", foi candidato à presidência em 2006, vencida por Kadila. Os dois homens são originários da rica província de Katanga (sudeste), pulmão econômico do país.

Em uma carta aberta publicada em 5 de dezembro, Mutombo denuncio a má gestão do país e empregou um discurso de ódio contra Ruanda.

Segundo Mende, os autores do ataque ainda não foram identificados, mas, em uma mensagem divulgada na RTNC, destacou que a agressão buscava aterrorizar a população.

"Não temos a impressão de que os criminosos tivessem outro objetivo que o de querer (...) espalhar o pânico e o terror um dia antes da celebração do ano novo", disse.

Uma vez normalizada a situação, o governo pediu aos moradores da capital que retomassem as atividades normais. Também solicitou que não ficassem preocupados com o aumento das medidas de segurança.

Um importante dispositivo de segurança, formado por policiais, militares e pela Guarda Republicana, foi mobilizado nas ruas da capital.

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Opositores do regime do presidente da República Democrática do Congo, Joseph Kabila, realizaram nesta segunda-feira ataques inéditos e sem precedentes em Kinshasa, onde trocas de tiros foram registradas no aeroporto e no Estado-Maior geral após um sequestro no canal de televisão estatal.

Tiros também foram escutados em Lubumbashi, segunda maior cidade do país, onde o presidente Kabila se encontra atualmente.

Na capital Kinshasa, uma fonte próxima do poder citou "ataques orquestrados em Kinshasa, Lubumbashi e Kindu", capital da província de Maniema.

"Mas a situação foi controlada em todas as partes", segundo a fonte.

O governo indicou que mais de 70 criminosos morreram nos ataques.

"Mais de 70 atacantes morreram, 50 deles em Kinshasa. Três de nossos efetivos do exército morreram em Kinshasa, e contamos dois civis feridos em Ndjili", informou à AFP Lambert Mende, porta-voz governamental.

Os agressores afirmaram agir em nome do pastor Joseph Mukungubila Mutombo, candidato à presidência em 2006.

"Vinte e quatro morreram no aeroporto, oito na RTNC (Rádio Televisão Nacional Congolesa) e 16 no Estado-Maior geral. Não foram informadas vítimas civis ou alguma vítima entre as forças de segurança", declarou à AFP Lambert Mende, porta-voz do governo.

Habitantes locais realizaram mutilações nos corpos das vítimas - retirando seus órgãos sexuais, aparentemente para fins místicos - constatou um jornalista da AFP.

Em Kinshasa, onde a maioria da população vive na miséria, a segunda-feira começou com um ataque ao canal RTCN, localizada perto do Palácio do Povo, o Parlamento.

Homens com machados e armas abriram fogo contra a entrada da RTNC, segundo a polícia. Pouco depois o sinal da emissora foi cortado e tiros foram ouvidos no aeroporto internacional e no Estado-Maior geral.

Todas as companhias aéreas cancelaram seus voos nacionais e internacionais no aeroporto de Ndjili.

As agências indicaram que a decisão está ligada a "insegurança' em toda a região do aeroporto.

O pastor Joseph Mukungubila Mutombo, que se auto-proclama "profeta da Eternidade", foi candidato à presidência em 2006, vencida por Kadila. Os dois homens são originários da rica província de Katanga (sudeste), pulmão econômico do país.

Em uma carta aberta publicada em 5 de dezembro, Mutombo denuncio a má gestão do país e empregou um discurso de ódio contra Ruanda.

Segundo Mende, os autores do ataque ainda não foram identificados, mas, em uma mensagem divulgada na RTNC, destacou que a agressão buscava aterrorizar a população.

"Não temos a impressão de que os criminosos tivessem outro objetivo que o de querer (...) espalhar o pânico e o terror um dia antes da celebração do ano novo", disse.

Uma vez normalizada a situação, o governo pediu aos moradores da capital que retomassem as atividades normais. Também solicitou que não ficassem preocupados com o aumento das medidas de segurança.

Um importante dispositivo de segurança, formado por policiais, militares e pela Guarda Republicana, foi mobilizado nas ruas da capital.

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