Ataques em ponto turístico na Jordânia deixam 7 mortos
Entre as mortes está a de um turista canadense. Karak, conhecida por sua cidadela do século XII, está localizada a 120km de Amã
AFP
Publicado em 18 de dezembro de 2016 às 16h31.
Última atualização em 18 de dezembro de 2016 às 16h42.
Sete pessoas, entre elas uma turista canadense, morreram em ataques realizados neste domingo por homens armados contra uma delegacia e carros da polícia perto de um ponto turístico no sul da Jordânia.
Quatro policiais, dois civis jordanianos e uma turista canadense morreram e várias pessoas ficaram feridas em uma série de tiroteios em Karak, informou o serviço de Segurança Geral em um comunicado.
A cidade, conhecida por sua cidadela do século XII, uma das maiores da região, está localizada a 120km de Amã.
Segundo o texto, o primeiro ataque aconteceu quando uma patrulha entrou em uma casa de Karak após um alerta de incêndio.
"Assim que chegou ao local, homens não identificados que estavam na casa abriram fogo contra a patrulha, ferindo um policial, e fugiram em um carro", informou o serviço de segurança, citado pela agência oficial Petra. "Pouco depois, homens armados abriram fogo contra outra patrulha."
Ao mesmo tempo, indivíduos entrincheirados na cidadela atiraram contra a delegacia de Karak, "ferindo policiais e pedestres", que foram levados para o hospital, assinala o comunicado.
Uma fonte da segurança indicou que algumas pessoas ficaram presas em um dos primeiros andares da fortaleza quando homens armados chegaram ao local para se refugiarem, mas negou que elas tenham sido sequestradas pelos criminosos, como informou a imprensa.
O premier Hani Muliq, que discursava no Parlamento no momento dos fatos, afirmou que "forças especiais e policiais cercavam 10 homens armados entrincheirados na cidadela de Karak".
A autoria dos ataques não foi reivindicada.
A Jordânia integra a coalizão internacional que bombardeia o grupo Estado Islâmico (EI) na Síria e no Iraque desde 2014. O reino executa bombardeios aéreos contra os extremistas e abriga em seu território tropas da coalizão.
Em junho, um atentado suicida reivindicado pelo EI matou sete guardas jordanianos na fronteira com a Síria.
Os ataques coincidiram com os esforços da Jordânia para dar impulso ao turismo, setor-chave de sua economia.
Segunda fonte de receita do país, atrás dos envios de remessas dos expatriados, o turismo contribuiu em 2015 para 14% do PIB do reino.
Os visitantes abandonaram o país devido aos distúrbios relacionados às rebeliões do mundo árabe em 2011, e aos conflitos nos países vizinhos.