Seguranças fazem guarda em local de votação na Índia: guerrilheiros maoístas explodiram uma mina na passagem de um ônibus com funcionários eleitorais e pessoal de segurança (REUTERS/Jayanta Dey)
Da Redação
Publicado em 12 de abril de 2014 às 09h33.
Nova Déli - Pelo menos 12 pessoas morreram neste sábado, entre elas sete funcionários eleitorais e cinco policiais, em dois ataques da guerrilha maoísta no estado indiano de Chhattisgarh, no centro do país.
A Índia celebra eleições nacionais em várias fases desde o último dia 7, embora hoje não seja dia de votação em Chhattisgarh, onde dois soldados morreram e três ficaram feridos em outro ataque da guerrilha maoísta há três dias.
Os guerrilheiros explodiram uma mina na passagem de um ônibus com funcionários eleitorais e pessoal de segurança, cerca de 13h (locais, 04h30 em Brasília) perto da cidade de Ketulnar, disse um oficial de polícia ao jornal 'Times of India'.
Os rebeldes fugiram para dentro de uma floresta quando a equipe de segurança respondeu ao ataque e foram enviados reforços. Várias urnas eletrônicas foram danificadas.
Outra mina terrestre explodiu perto da cidade de Kamanar na passagem de um comboio que levava funcionários das eleições e policiais, e cinco deles morreram, e outros quatro ficaram feridos.
Os policiais pertenciam ao 80º batalhão da Polícia Central e se dirigiam a um quartel em Jagdalpur quando foram atacados por um grupo entre 75 e 100 homens armados, que fizeram explodir a mina.
O ataque foi o primeiro desde o início das eleições, dia 7, onde as eleições são realizadas em dez fases pelos diferentes estados e que vão até o próximo 12 de maio.
A guerrilha maoísta tem suas fortificações no chamado 'cinto vermelho' da Índia, uma faixa de território no centro e no leste do país, onde contam com campos de treinamento.
Segundo dados oficiais de 2009, esta guerrilha comunista está ativa em pelo menos 12 regiões e mais de um terço dos distritos da Índia, embora represente uma ameaça 'grave' em pouco mais de 10% deles.
O governo da Índia os declarou a principal ameaça para a segurança interna.