Policial iraquiano verifica os danos causados pelo atentado promovido em uma região comercial de Bagdá: mortos são oito recrutas da polícia, 21 detentos e os nove terroristas suicidas (Ali al-Saadi/AFP)
Da Redação
Publicado em 22 de julho de 2013 às 12h04.
Bagdá - Pelo menos 38 pessoas morreram ontem à noite e 39 ficaram feridas em ataques coordenados contra duas prisões nos arredores de Bagdá, informou nesta segunda-feira o Ministério da Justiça.
Em entrevista coletiva, o porta-voz do Ministério, Hamed al Musawi, explicou que os ataques foram contra as prisões de Abu Ghraib, a 25 quilômetros de Bagdá, e a de Al Taji, 20 quilômetros ao norte da capital.
Nos ataques, nove terroristas suicidas detonaram explosivos presos em seus corpos, houve três explosões de carros-bomba e cerca de 100 bombas e dezenas de foguetes foram lançados contra os presídios.
Os mortos são oito recrutas da polícia, 21 detentos e os nove terroristas suicidas.
As autoridades formaram um comitê especial para contar o número de presos que estão em ambas as prisões, mas Musawi descartou que algum deles tenha fugido.
Por outro lado, o deputado Hakem al Zamli, membro da comissão de segurança e defesa do Parlamento, disse à imprensa que entre 500 e mil detentos fugiram de Abu Ghraib, entre eles alguns líderes da Al Qaeda.
Segundo Zamli, os autores dos ataques tiveram ajuda dos guardas de segurança das prisões para realizar os atentados e facilitar a fuga de membros da Al Qaeda.
As duas penitenciárias são as maiores do Iraque e nela estão presas centenas de pessoas por crimes de terrorismo, muitos deles militantes da Al Qaeda, além de criminosos comuns.